O condomínio clube em Guadalupe do MC,MV na Zona Oeste do Rio de Janeiro |
Na íntegra da entrevista que dei ao repórter argumentei, que esses empreendimentos para faixas de baixa renda deveriam estar se realizando nas áreas centrais das cidades brasileiras, e não nas periferias distantes. Eles também deveriam ter um desenho que promovesse a continuidade com a cidade existente, agregando comércio, variação de tipologias, de forma a integrá-los no tecido urbano. Meu argumento envolvia a idéia de que essa população precarizada economicamente deveria ser instalada nos centros mais densos e consolidados, uma vez que é nesses locais que se concentram as oportunidades de emprego, educação, cultura, lazer e etc...
Além disso a expansão da mancha urbana, que esse processo vem determinando na cidade brasileira inviabiliza a universalização das infraestruturas urbanas, pois o território a ser atendido está em constante ampliação. O domínio desses territórios por milícias e bandidos só pode ser combatido pela presença da urbanidade, um contínuo ambiental presente na experiência urbana onde há forte densidade e centralidade.
A política urbana dos governos no Brasil ainda não atentou, que essa constante expansão da mancha urbana penaliza fortemente o próprio poder público, que é o responsável por promover a implantação das infraestruturas. Há uma excessiva fragmentação nas ações governamentais, que continuam acreditando que o problema da habitação de baixa renda pode ser resolvido apenas de forma quantitativa, sem a produção de uma cidade qualificada.
Abaixo o link da entrevista
http://globotv.globo.com/rede-globo/bom-dia-brasil/v/minha-casa-minha-vida-vai-exigir-estudo-sobre-seguranca-em-locais-de-condominios/4351677/
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