quinta-feira, 21 de maio de 2015

Encontro de Urbanismo em BH lança livro de 10 anos da Pós-Graduação da EAU-UFF

Capa e contracapa do livro
O encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Urbanismo (ANPUR) está lançando hoje dia 20 de maio de 2015 em Belo Horizonte, o livro Produção e Gestão do Espaço, organizado por Maria de Lourdes Costa e Maria Laís Pereira da Silva, para comemorar os 10 anos de existência do Programa de Pós-Graduação na Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense (EAU-UFF). O livro é uma coletânea de artigos dos professores desse programa de pós graduação, apresentando um panorama interessante das reflexões debatidas na casa. No livro há um artigo meu publicado, que tem o título de Projeto, ideologia e hegemonia na cidade contemporânea brasileira, que discute a questão da inércia construtiva das nossas aglomerações urbanas.

No artigo defendo a idéia de que essa inércia só será modificada se nossa sociedade e nossos governos introjetarmos a idéia e a prática do plano e do projeto, como ações que não apenas informam a construção do futuro, mas que se constituem em instrumentos de participação e debate desse futuro. Planejar e projetar significa explicitar; a forma que pretendemos ter para nossas cidades, os custos que serão necessários ser investidos, e o prazo no qual esperamos atingir esses objetivos. As hipóteses de transformação são sempre confrontadas com os benefícios e as comodidades alcançadas, a amplitude da população atendida e sua relevância. A prática de explicitar a cidade que estamos construindo, e que queremos erguer para as futuras gerações ampliaria muito a transparência dos governos nacionais.

Vale a pena conferir, nas boas livrarias e no Programa em Niterói...

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Artigo de Luiz Fernando Janot no O Globo fala da espacialidade da cidade e a divisão de renda

A cidade neo liberal que começou a emergir após os anos 1980 com a ascenção de Tatcher e Reagan aos governos da Inglaterra e dos Estados Unidos, e o consequente declínio do estado de bem estar social (welfare state) acabou determinando uma espacialidade urbana cindida e segmentada entre pobres e ricos. Esse modelo contaminou o mundo todo, inclusive o Brasil. Esse é o tema do artigo do arquiteto e amigo Luiz Fernando Janot no último sábado dia 09 de maio de 2015, que convoca os governos e a sociedade para uma ação de combate a construção dos guetos de pobres e ricos. Janot, ao meu ver, aponta um passo fundamental, sem o qual a reprodução de um módus vivendi preconceituoso e excludente se manterá no seio de nossa sociedade contemporãnea;

"O primeiro passo seria acabar com as barreiras do preconceito social que permeia algumas camadas mais prósperas da nossa sociedade."
As elites brasileiras precisam se conscientizar que a cidade, com suas comodidades representadas por suas infraestruturas, tais como; calçadas, ruas, iluminação pública, esgoto, água, transporte e comodidades, etc... devem ser universalizadas em todo o seu território. Vale a pena a leitura do artigo que está na imagem abaixo.