sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Matéria no Viva Favela sobre uso de bicicletas nas favelas

A matéria abaixo saiu no portal viva favela e debate as incipientes medidas para fomentar o uso de bicicletas nas favelas. Vale a pena conferir...
Precariedade do estímulo ao uso da bicicleta na metrópole carioca


http://www.vivafavela.com.br/reportagem/favelas-s%C3%A3o-o-c%C3%A9u-e-o-inferno-dos-ciclistas

O seminário Q+50 em Manaus debateu a Amazonia Urbana

O último seminário da série Quitandinha +50 anos, promovido pelo IAB  foi realizado na cidade de Manaus nos dias 30 e 31 de agosto de 2013 e discutiu a Amazônia Urbana. A série de debates, que homenageia o histórico congresso, realizado no Hotel Quitandinha em 1963 em Petrópolis no Rio de Janeiro, que se debruçou sobre a Habitação e a Reforma Urbana, já ocorreram em várias cidades brasileiras.

Estive coordenando a mesa do dia 31 de agosto, que reuniu Antonio Roberto Moita, diretor presidente do Implurb de Manaus e José Alberto Tostes, professor da Universidade Federal de Amapá.

 Os debates se concentraram em torno de temas que interligam o meio ambiente à vida urbana, a selva à cidade. O passivo ambiental foi corretamente caracterizado como uma questão urbana, onde a cidade representa grande parte do impacto sobre o meio ambiente. Neste contexto, o tema ambiental da Amazônia, maior reserva de floresta e de água do planeta, deve ser repensada pelo urbano, uma vez que este representa seu maior impacto.

O espalhamento das cidades brasileiras foi caracterizado como uma tendência determinada pelo automóvel, e, que penaliza as administrações públicas que acabam dispendendo enormes quantias de dinheiro, para instalar infra estrutura em enormes áreas. Por outro lado, este mesmo espraiamento da cidade brasileira penaliza fortemente populações economicamente frágeis, que invariavelmente estão nas áreas mais carentes das infra estruturas mais elementares.

A questão dos limites e transgressões mútuas entre as esferas privada e pública também foram abordadas pelos palestrantes. As calçadas das nossas cidades denotam a falta de importância dada ao espaço público pelo senso comum, onde o caminhar do pedestre se transforma numa corrida de obstáculos. A qualidade do caminhar humano na cidade brasileira deve ser perseguida oferecendo aos usuários todos os confortos programados.

Outro aspecto constantemente reforçado foi a questão do centro das cidades, que possuem uma alta carga simbólica, e uma concentração de esforços notáveis já construídos. O esvaziamento e a museificação conspiram para que estes percam seu conteúdo e ocupação, determinando mais espraiamento para as cidades brasileiras.

Por último, foi mencionado o problema do transporte público, dentro do qual as cidades brasileiras fizeram uma clara opção pelo rodoviarismo e pelo automóvel individual, o que determina a ocorrência de imensos engarrafamentos e uma baixa mobilidade das populações mais fragilizadas no espectro econômico. As duas cidades mais importantes da amazônia urbana, Belém e Manaus, foram também apontadas como cidades que mantem taxas de crescimento elevadas, diferentemente de algumas cidades do sul e sudeste do Brasil. Estas taxas de crescimento determinam a emergência do problema urbano na amazônia.