segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O arquiteto português Nuno Martins esteve no auditório do Instituto de Arquitetos do Brasil departamento do Rio de Janeiro (IAB-RJ) nessa quinta feira dia 17 de setembro de 2015, discutindo as ações de sua ONG Building 4 Humanity, na sigla em inglês. A palestra recebeu o título de “Arquitetura humanitária: desenhando para o risco, construindo resiliência. 

O termo resiliência, no campo da arquitetura e do urbanismo nos últimos tempos, vem sendo recorrentemente utilizado, assim como sustentabilidade, chegando mesmo perto da exaustão. As palavras quando utilizadas nessa intensidade tendem a não significar mais nada, pois denominam tudo. Diferentes conceitos, atitutes e posicionamentos estão abrigados numa palavra tão usada, fazendo de sua própria definição algo fluido, capaz de se moldar em diferentes formatos.

Apesar disso, percebe-se na atitude do arquiteto a emergência de um novo tipo de profissional, que tende a valorizar o processo de construção da benfeitoria, que toda arquitetura envolve, mais que o próprio produto final que essa constrói. De uma maneira geral, tendo a achar essa atitude preconceituosa, apontando uma atitude do arquiteto diferente quando se defronta com a precariedade, e outra quando está diante da plenitude de recursos. Mas quando se verifica a obra apresentada de Nuno Martins, nas difíceis condições da África em Guiné Bissau, percebe-se também um compromisso com o resultado final, que denota uma atitude ética e moral, que muito observa as características culturais, sociais, psicológicos, espirituais e econômicos.

Vale a pena visitar o site da ONG no link abaixo;

https://buildinghumanity.wordpress.com/about/declaracao-de-principios/

Mais uma indicação de como o projeto é desarticulado na cidade brasileira


Cadeirante sofre humilhação para acessar bondes
Já escrevi aqui sobre os problemas da obra do bonde de Santa Teresa na cidade do Rio de Janeiro, de como existe por parte dos governos, nas três esferas - federal, estadual e municipal - uma segmentação de ações, ao invés da coordenação e articulação inerentes ao projeto. Mais um exemplo desse tipo de prática vem a tona com a matéria publicada no jornal O Globo do dia 18 de setembro de 2015, que mostrou a ausência de qualquer previsão para garantir o acesso de cadeirantes no sistema de bondes, que ainda está funcionando em teste, da Estação Carioca até a Curvelo.

As obras do bondinho de Santa Teresa estão mais uma vez paradas, sem qualquer previsão de retomada dos serviços, e ainda mostra essa clara manifestação de desarticulação das suas ações, típica de quem não investe em projeto e planejamento.

Abaixo link da matéria no jornal O Globo...


http://oglobo.globo.com/rio/atleta-cadeirante-enfrenta-dificuldade-de-acesso-em-cartoes-postais-da-cidade-do-rio-17527787