domingo, 23 de fevereiro de 2020

A segunda aula de Arquitetura, Cidade, Filosofia Moderna no contexto do Programa IAB-RJ Compartilha


Cartaz do Curso Arquitetura, Cidade, Filosofia Moderna
Nos dias 04 e 05 de fevereiro de 2020 na sede do IAB-RJ  ministrei um workshop sobre Cidade, Arquitetura, Filosofia Moderna para um grupo de alunos de composição variada, sugerindo um exercício ao final, através de um texto vinculando os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e nossa espacialidade contemporânea. Esse texto é uma compilação expandida da segunda aula. De acordo com o final da primeira aula foi identificado um decréscimo da confiança na técnica e no progresso científico, a partir das bombas atômicas lançadas pelos EUA nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, que marcam o final da 2a Guerra Mundial (1945). Com isso, emerge uma hegemonia da diversidade entre os seres humanos, que passam a ser vistos como especificidades culturais, raciais, de gênero, ou de qualquer outra natureza, que correspondem à políticas de afirmação identitárias. Há uma forte crítica a um racionalismo unitário e unidirecionado do mundo ocidental, que enxergava a modernidade como a ampliação capitalista pelo mundo, a partir de países tidos como centrais. A história e o patrimônio construído passam a ser valores celebrados, numa multiplicidade de casos, que exatamente constroem a diferenciação enraizadora de identidades específicas. A crítica já estava em Gramsci, na sua percepção e identificação de um centro para o desenvolvimento capitalista no mundo, e o desenvolvimento de relações de supremacia e subalternidade entre e intra países.


Arts United Center em Fort Dale Loui I. Khan
No campo específico da arquitetura e da construção emergem críticas, como a de Loui I. Khan (1901-1974), que recupera sistemas de pré moldagem ancestrais, como o tijolo de barro, numa clara reapropriação de tecnologias adormecidas. Nos anos 1950 o arquiteto Loui I. Khan retoma o tema da monumentalidade de maneira silenciosa e quebra a unidirecionalidade tecnológica dos materiais, retomando o tijolo como elemento pré-moldado mais potente, numa reinterpretação da forma de construir dos romanos. Sua crítica é principalmente construída, possuindo uma enorme concisão no que escreve. De certa forma, recebe o reconhecimento ideológico oficial do modernismo, quando em 1947 assume a cadeira de arquitetura em Yale, fazendo reflexões fundamentais, sobre a metodologia de projetar. As perguntas de Khan acabam refletindo na própria construção do campus de Yale, com a realização de dois edifícios emblemáticos; O Centro de Artes Britânicas e a Galeria de Artes de Yale. As perguntas que Khan incita a seus estudantes, para que pensem o ato de projetar como algo muito além da objetividade funcionalista são: “O que o lugar quer ser?”, ou “A ordenação das demandas do programa arquitetônico em;  Programa morto e vivo”, ou ainda  “A hierarquização desse mesmo programa de necessidades em; Espaços que servem e os que são servidos

No âmbito mais amplo da comunicação, a jornalista Jane Jacobs toma partido dos bairros e comunidades ameaçados pelo rodoviarismo imperante no urbanismo americano em Boston e Nova York, discordando da objetividade dos planos de Robert Moses, publicando o livro; Morte e Vida das Grandes cidades Americanas em 1961. Jane Jacobs proclama a perda da vitalidade das cidades americanas em função de um rodoviarismo exacerbado, presente no modernismo que devasta bairros e unidades de vizinhança em função da objetividade do circular. A crítica de Jacobs focava na vitalidade de algumas partes da cidade, que exatamente não haviam sido projetadas sobre premissas higienistas ou rodoviaristas, como nos projetos de Le Corbusier do Plano Voisin para Paris. A jornalista claramente celebrava a presença e a opinião dos usuários, acusando urbanistas de positivismo e tecnocracia exagerada. A arquitetura e a cidade precisavam ser vivenciadas no seu cotidiano, a partir de parâmetros que pressupunham uma relação entre espaço privado e público, que mantinham proporcionalidades que o modernismo havia rompido.


"As cidades tem a capacidade de prover algo para alguém, somente porque, e apenas quando, são criadas por todos... Não existe melhor expert na cidade do que aqueles que vivem e experimentam seu dia a dia." JACOBS 2011 página 47

Na verdade, a crítica de Jane Jacobs mencionava além do rodoviarismo imperante, a preferência da classe média americana pela baixa densidade nos subúrbios próximos a idílios naturais, com total dependência do automóvel. A habitação unifamiliar de baixa densidade é contraposta aos bairros densos das classes populares estadounidenses, nos centros e guetos, que acabavam possuindo uma vida de interação social intensa e muito mais rica. Sem dúvida, as intervenções de Robert Moses em Nova York elegem o rodoviarismo e destroem relações de vizinhança e de comunidades, descritas no livro; Tudo que é sólido desmancha no ar de Marshall Bermann, que descreve a hegemonia do automóvel a partir dos anos cinquenta nas cidades estadounidenses, e um pouco mais tarde no resto do mundo. Tal situação determina um certo isolamento do indivíduo na grande metrópole, reduzindo o espírito de participação na cidadania, aonde casas unifamiliares, com garagens abarrotadas de carros fazem a fortuna do american way of live. A cidade de Los Angeles, na costa oeste emerge como paradigma do bem viver, onde o automóvel se articula com a baixa densidade, surgindo um modelo de baixa densidade e de interação social, com um isolamento do ser humano na cidade.


Por outro lado, a década de 60, explode com a emergência de um mundo que decreta o fim das vanguardas e a presença de uma grande massificação, que é determinada pela maior acessibilidade garantida aos cursos superiores e a informação em geral. O mundo elitizado da primeira modernidade, dominado pelas vanguardas dá lugar a uma imensa massificação, que está emblematicamente representada nos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna (CIAMs), que começam em La Sarraz no ano de 1928 com vinte e oito arquitetos e terminam em Dubrovnick no ano de 1956 com uma multidão de estudantes. Essa deselitização do horizonte determina a presença de uma pluralidade de visões, tornando-se difícil a construção de posicionamentos com sentido e manifestações claras. As posições, teses e manifestos tornam-se mais difíceis de serem construídos pela presença e participação de uma variedade de agentes e atores, que muitas vezes dispersam os alinhamentos.

Entre as décadas de 80 e 90, pensadores ou filósofos como Lyotard e Fukuyama decretam o fim dos discursos explicadores da modernidade, como o marxismo e o iluminismo, que construiam uma ética do agir e do pensar, compartilhado por muitos. Françoise Lyotard lança em 1986 A condição pós Moderna declarando a morte de relatos legitimadores da modernidade como o iluminismo e o marxismo, colocando em seu lugar a transparência comunicacional. Em 1989, Francis Fukuyama publica em Washington O Fim da História?, decretando um profundo divórcio entre o pensamento dos intelectuais, ou as elites dirigentes, que após sucessivos desapontamentos se colocam equidistantes da massa indiferenciada de pessoas, declarando o fim das macro narrativas ou das verdades compartilhadas. O Fim da História era determinado pela vitória final do capital e do liberalismo como a representação do Estado Universal de Hegel, aonde a supressão do socialismo do horizonte da humanidade era decretada de forma interessada, Há uma emergência de uma lógica localista, que se rebela contra o pensamento sistêmico e estruturador do modernismo, que se baseava num discurso mais generalista e global. Desenvolve-se a consciência de que a utopia modernista era autoritária e congelava as aspirações de realização das futuras gerações, que possuiam uma predominância euro cêntrica, branca, ocidental, masculina e heterosexual.

No campo filosófico mais estrito emerge a figura de Michel Foucault (1926-1984), um pensador essencialmente desconfiado da racionalidade ocidental, com aquilo que José Guilherme Merchior identificou como um certo Nihilismo de Cátedra. Em 1979 lança o livro Microfísica do Poder, aonde defende a ideia da onipresença das dominações e coerções em qualquer interação humana, que está impossibilitada de se desvencilhar do interesse pessoal. Há uma denuncia da constante presença do desnivelamento hierárquico nas relações entre seres humanos, que estão imbricados numa luta constante de dominação. A impossibilidade de nivelamento desinteressado bloqueia o desenvolvimento mediado pela razão, que enxerga nas interações sociais o reino de uma disputa constante e ferrenha, aonde o diálogo é desacreditado. Há uma constante negação da racionalidade estrutural do ocidente, que na verdade se confunde com objetivos coloniais e neo coloniais de constante dominação, e uma, celebração da alteridade como geradora e impulsionadora de outras narrativas.

No campo da política, em 1979 Margareth Thatcher assume como primeira ministra britânica, prometendendo quebrar o mundo do trabalho inglês, que é visto como privilegiado e usurpador da carga tributária do país. Do outro lado do Atlântico, em 1980 Ronald Reagan assume a presidência dos EUA, desenvolvendo-se uma enorme desregulamentação do capital, particularmente em sua vertente financeira, que passa a atuar sem as amarras do Estado regulador. Começa então o desmonte do wellfare state ou estado de bem estar social, que foi a política que emergiu ao final do segundo pós guerra, que havia consolidado um horror a desregulamentação especulativa e liberal do Crack da Bolsa de Nova York em 1929. Um acontecimento histórico, que gerou a eleição de Hitler em 1933, naquele que era o país mais alfabetizado da Europa, desembocando na 2a Guerra Mundial. O esvaziamento industrial representou uma transformação que determinou seu declínio como principal empregador e fez emergir um contínuo de serviços, principalmente financeiros, que passam a ser o principal mobilizador da mão de obra. De uma hora para outra, as empresas de serviços financeiros e seguros passaram a representar no mundo anglo saxão, um terço do emprego disponível, enfraquecendo o movimento sindical em todo o mundo. O Estado é apontado como um estrutura burocrática e ineficiente, enquanto a Empresa privada é celebrada como dinâmica e eficiente Inicia-se uma forte hegemonia do capital financeiro no mundo, que dita a política do Estado, forçando sempre para a desregulamentação livre dos fluxos.
"Em suma, o neoliberalismo se tornou hegemônico como modalidade de discurso e passou a afetar tão amplamente os modos de pensamento que se incorporou às maneiras cotidianas de muitas pessoas interpretarem, viverem e compreenderem o mundo." HARVEY 2008 página 13


No campo mais geral do comportamento societário, em meados dos anos 1990 o advento da Internet e das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) lançam para a humanidade a possibilidade de acessar um amplo acervo de informações, que determinam uma imensa dispersão de energias, parecendo inviabilizar a possibilidade de construção de prioridades e consensos. A dispersão é enfatizada em todos os campos do cotidiano. Há estudos de instituições educacionais de que se amplia o Déficit de Atenção Continuada (DAC), uma síndrome identificada entre jovens, que não conseguem se concentrar de forma continuada num único assunto por um período superior a 15 minutos. É a cultura do zapping, impulsionada pela internet, em pesquisas que se mantém na superficialidade da busca ansiosa, com a perda da prática da leitura e do aprofundamento continuado num assunto. Por outro lado, a política se fragmenta numa infinidade de interesses que parecem irreconciliáveis, apontando para a impossibilidade da construção de consensos, uma vez que a troca de posicionamentos se acelera de uma maneira exponencial.

Também em meados dos anos 1990 o filósofo Habermas decreta num texto, Modernismo e Pós modernismo, no qual ironiza a tendência contemporânea de se utilizar do prefixo pós para caracterização do nosso tempo, dando a impressão dúbia de uma superação com continuidade. O texto de Habermas distingue a modernidade do modernismo, dizendo que a pretensão humana de desígnio do seu futuro, que as revoluções americana e francesa tinham expressado permanecia inalcançado. Habermas se mantém fiel a sua teoria da racionalidade comunicativa, que se contrapõe a uma racionalidade meramente instrumental, determinando que a razão não deve estar carregada de personalismos, mas construída a partir de consensos interpessoais. O filósofo da Escola de Frnakfurt se mantém fiel ao Iluminismo, abrindo uma nova perspectiva utópica, que não mais condena as gerações futuras a uma construção congelada e fixa, mas que celebra o processo de auto-construção e de auto-determinação, instalado pela modernidade.

No campo mais específico da arquitetura e do urbanismo, desde os anos 60, Kevin Linch e Aldo Rossi apontam para a processualidade da construção da cidade, reforçando conceitos como o da Legibilidade, e o da História. Eles reforçam a ideia da impessoalidade da produção da cidade, que apesar disso se remete sempre a um projeto coletivo, mediado seja pelos elementos primários de Rossi, ou pela capacidade de registro dos Mapas Mentais de Lynch. Por outro lado, o crítico italiano, Manfredo Tafuri, elabora a idéia do arquiteto como ideólogo do habitar, um formulador de conceitos e proposições que propõe o Bem Viver e possuem a capacidade de contaminar a sociedade para suas formas de operação e de prática. Sua crítica é envolta num pessimismo angustiante e numa melancolia, que não mais distingue no capitalismo tardio um espaço para a construção do ambiente humano, uma vez que os fluxos e a realização do lucro assumiram velocidades inimagináveis.

No campo mais específico da metodologia de plano ou projeto celebra se primeiro no mundo Anglo Saxão, o advocacing planning de Christopher Alexander, que publica livros como; Ensayo sobre la sínteses de la forma ou Uma Linguagem de Patterns, nos quais se articulam uma reflexão sobre a síntese projetual mais participativa. No Brasil, Carlos Nelson dos Santos lança o livro A cidade como jogo de cartas, no qual celebra uma certa neutralidade do desenho da grelha, que impulsiona sua apropriação por diferentes agentes no longo prazo da cidade. O Plano de Nova York de 1811 decreta uma imensa homogenização do território baseado na malha xadrez, os elementos aí celebrados são a rua, a quadra e o lote como unidades em torno dos quais o jogo da cidade é jogado. Num paradoxo, Carlos Nelsom dos Santos aponta que apesar desse inicio homogenizador a ilha de Manhattan apresenta hoje grande diversidade de tipologias, usos e contínuos diferenciados. O livro restabelece a possibilidade da construção utópica, que deixa de ser um objetivo fixo e congelado, mas a celebração de uma processualidade, que restabelece a necessidade da presença contínua da criatividade das futuras gerações. O jogo do plano e do projeto pressupõe agentes e atores, igualmente empoderados, que declaram suas intenções e negociam objetivos, a racionalidade abandona a subjetividade isolada e se aproxima da inter-subjetividade.

Em 2002, Kenneth Frampton lança o livro Studies on Tectonic Culture, no qual identifica a saturação do problema do símbolo e da representação no campo da arquitetura, apontando como saída o desenvolvimento da tectônica. O compromisso com o construído, e com sua ética particular. As obras de grandes arquitetos são analisadas a partir da escolha de diferenciados modos de construção, que recolocam a complexa relação entre custo e benefício no projeto.  Um pouco depois o arquiteto Rafael Moneo lança em 2008 lança, Inquietação Teórica e Estratégias Projetuais, no qual rejeita a adoção de um personalismo de linguagem por parte dos arquitetos, celebrando a idéia da reinvenção do arquiteto a cada novo projeto. A linguagem não é mais uma constante específica e particular, mas cada novo projeto representa uma oportunidade, que demanda do arquiteto uma leitura específica de cada lugar. No Brasil, Pedro Fiori Arantes lança o livro a Arquitetura na era digital-financeira, que faz uma reflexão importante sobre o ato de construir numa era sobre a hegemonia do capital financeiro, aonde a realização dos lucros assume grande rapidez e ansiedade. A partir de um livro de Frederic Jameson de 2001, A cultura do dinheiro, no qual há um ensaio; O Balão e o tijolo, arquitetura, idealismo e especulação imobiliária, Pedro Fiori Arantes em 2012 desenvolve a ideia de que o tempo de investimento inviabiliza a produção da arquitetura pela financeirização geral da sociedade. Há aqui a retomada de uma importante reflexão da arquitetura paulista dos anos sessenta e setenta de Sérgio Ferro e Rodrigo Lefévre, que pensavam os vínculos entre arquitetura e poder, arquitetura e relações de produção no canteiro de obras.

“É o momento em que a lógica do capital fictício assume o comando das forças produtivas reais, como previra Marx, em O Capital... , o tempo se projeta para frente com os juros comandando, de forma ditatorial, a expectativa de lucros futuros e as decisões do presente.” ARANTES 2012 pág116

Por outro lado, na França, a partir de uma releitura dos textos do jovem Marx, num jornal Renano (Reinish Zeitung), dois autores de formação sociológica; Pierre Dardot e Christhian Laval constroem uma alternativa ao módus operandi do neo liberalismo. sintetizado na ideia de Comum. Marx, nesses artigos, irá sobre a visão estrita do Direito demonstrar a ampliação da lógica do Estado Burguês da propriedade privada sobre áreas comuns como florestas, áreas de pastoreio na Alemanha do século XIX. A questão levantada por Marx se refere aos galhos, caídos das árvores pelo efeito dos ventos, e que eram catados e usados pelos pobres na produção do calor, e que esse costume/direito havia sido impedido pela ampliação do cercamento das áreas. O Comum, portanto é visto como um valor que o capitalismo em sua longa transição sente dificuldade em cercar e privatizar. Os mares, os gravetos caídos das árvores, os frutos silvestres, os oceanos, a Arquitetura e o Patrimônio construído pela humanidade, o Meio Ambiente são patrimônios comuns. Primeiro os dois autores escrevem, A nova razão do mundo, ensaio sobre a sociedade neoliberal (2016), e logo depois, O Comum, ensaio sobre a revolução do século XXI (2017). No primeiro livro, a história do Neo liberalismo, suas diferenças marcantes com relação ao liberalismo tradicional e suas estratégias de penetração no cotidiano humano, reconhecendo sua capacidade de persuasão e convencimento desde a década de 80. No segundo livro, uma forte auto crítica do comportamento de esquerda, que precisa voltar a problematizar sua relação com o Estado, apontando daí um claro declínio da sua capacidade de oferecer um projeto alternativo, tendo sido suplantada pela nova direita e pelo neo liberalismo. Para eles, a nova estratégia do confronto com o capitalismo vem da explicitação e aprofundamento do conceito de Comum.

Enfim, esse me parece num rápido apanhado, o debate das ideias mais importantes do nosso tempo, uma luta entre pensamentos e práticas que possuem de um lado a premissa da solidariedade, e de outro, a da competição. O mundo do plano e do projeto precisa escolher um lado...

BIBLIOGRAFIA:

ALEXANDER, Christopher - Una Linguage de patterns - Editora Gustavo Gilli Barcelona 1990

ALEXANDER, Christopher - Ensayo sore la sintesis de la forma - Editora Gustavo Gilli Barcelona 1966 

ARANTGES, Pedro Fiori - Arquitetura na era digital-financeira - Editora 34 Letras São Paulo 2012

BERMANN, Marshal - Tudo que é sólido desmancha no ar - Editora Companhia de Bolso São Paulo 2007

DARDOT, Pierre e LAVAL, Christian - A nova razão do mundo, ensaio sobre a sociedade neo liberal - Editora Boitempo São Paulo 2016

DARDOT, Pierre e LAVAL, Christian - Comum, ensaio sobre a revolução do século XXI- Editora Boitempo São Paulo 2017

FRAMPTON, Kenneth - Studies in Tectonic Culture: the poetics of construction in ninenteenth and twentieth century architecture - MIT Press John Cavas Chicago 2001

FUKUYAMA, Francis - O fim da História? - Editora Roccio Rio de Janeiro 1989

HARVEY, David - O neoliberalismo, história e implicações - Edições Loyola São Paulo 2008

JACOBS, Jane - Morte e Vida das Grandes cidades americanas - Editora Martins Fontes São Paulo 2011

JAMESON, Frederic - A cultura do Dinheiro, ensaios sobre a globalização - Editora Vozes Petrópolis 2001

LYOTARD, Francis - A condição pós Moderna - Editora José Olympio Rio de Janeiro 1986

MERCHIOR, José Guilherme - Foucault ou o Nihilismo de Cátedra - Editora Nova Fronteira Rio de Janeiro 1985

MONEO, Rafael -Inquietação Teórica e Estratégias Projetuais, na obra de oito arquitetos contemporâneos - Editora Cosac Naif São Paulo 2008

SANTOS, Carlos Nelson dos - A cidade como jogo de cartas - Editora Projeto 1986 Rio de Janeiro