quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Lançamento do Concurso do Anexo da Biblioteca Nacional na Zona Portuária do Rio de Janeiro

A mesa formada no IAB-RJ para o lançamento do Concurso
 de Projetos do Edifício Anexo da Biblioteca Nacional na Zona
Portuária do Rio de Janeiro
Na última terça feira dia 26 de agosto de 2014 foi lançado o Concurso Público de Projetos para o Edifício Anexo da Biblioteca Nacional, que será um importante equipamento cultural na Zona Portuária do Rio de Janeiro. As bases do Edital do Concurso serão lançados no dia 05 de setembro, nessa mesma ocasião procurei destacar a importância da Baía de Guanabara para a cidade metropolitana do Rio de Janeiro.

Além do valor cultural do edifício que será selecionado pelo Concurso Anexo da Biblioteca Nacional, o novo empreendimento promoverá uma aproximação da população carioca com a frente marítima da Baía de Guanabara:

“A Baía é um dos elementos mais importantes do Rio. A revitalização do prédio anexo da Biblioteca Nacional e a liberação da frente marítima da Região Portuária permitirão acompanharmos de forma efetiva uma das questões mais importantes para a Região Metropolitana do Rio, a despoluição da Baía de Guanabara”, explicou Pedro da Luz.

Como estarão as cidades brasileiras em 2020

A presidente da Arcasia Pei Ing Tan, o presidente do IAB-RJ
Pedro da Luz, o presidente da UIA Esa Mohamed, o presidente
do IAB Sérgio Magalhães, a vice presidente do IAB-RJ Fabiana
Izaga e o Secretário da FPAA Nivaldo Andrade
Em 10 de agosto de 2014 a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida como sede do Congresso Mundial da União Internacional de Arquitetos no ano de 2020, concorrendo com Paris na França e Meulborne na Austrália. O tema do evento proposto pelo Rio de Janeiro foi "Todos os Mundos. Um só Mundo. Arquitetura 21", enquanto Paris propunha "Arquitetura responsável" e Meulborne sugeria "Lugar". A conquista foi um importante passo para arquitetos e urbanistas brasileiros, para discussão da sua inserção no contexto da sociedade brasileira, e para os debates sobre a construção do espaço humano no planeta.

No contexto brasileiro, há pelo senso comum uma série de leituras positivas do significado da palavra arquitetura; a cidade de Brasília, obra dos arquitetos Lucio Costa e Oscar Niemyer, ou o aterro do Flamengo, obra do arquiteto Afonso Eduardo Reidy e do paisagista Roberto Burle Marx, ou o Parque do Ibirapuera em São Paulo ou o bairro da Pampulha em Belo Horizonte, ambos obras do arquiteto Oscar Niemyer com o paisagista Burle Marx. Todas essas obras se destacam por sua adequação a contextos específicos, que emocionam qualquer visitante e mostram um caráter particular da arquitetura brasileira, que simboliza e carrega uma certa mensagem positiva. Mas há também alguns aspectos negativos, ou uma compreensão ligeira do que seja o conceito de arquitetura, uma vez que é um ofício muito interligado a questão do plano e do projeto. No contexto brasileiro, há pelo senso comum um certo descrédito com as ações do plano e do projeto, uma celebração do improviso que é desmedida.

A vitória obtida pelo Rio de Janeiro para sediar o Congresso Internacional da UIA no ano de 2020 deve ter como sentido maior debater essa situação e revertê-la. Não se trata de uma defesa corporativa, que interessa apenas a categoria dos arquitetos e urbanistas, mas uma luta de toda sociedade, que deve defender o plano e projeto, como instrumentos de ampliação da transparência das obras públicas.