segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Apresentação preliminar do Plano Diretor de Transportes Urbanos (PDTU) do Rio de Janeiro

Na última quarta feira dia 25 de setembro foi apresentado ao Conselho de Transportes e Mobilidade da cidade do Rio de Janeiro uma apresentação preliminar do Plano Diretor de Transportes Urbanos (PDTU) de 2013 da cidade metropolitana do Rio de Janeiro. Uma série de dados relativos a mobilidade da população da cidade metropolitana do Rio de Janeiro foram apresentados, e precisam ser disponibilizados de forma mais ampla, para que diferentes agentes possam tirar suas conclusões.
Matéria publicada no jornal O Globo
de quinta feira dia 26 de setembro de 2013

Nesta ocasião ficou também clara a pretensão de envolver em abstratas tecnicalidades, aquilo que a população carioca e das grandes cidades brasileiras sofre em seu cotidiano. Precisamos ter parâmetros de medição que façam a aferição da qualidade dos transportes e não de meros aspectos quantitativos.

Há um dado que choca e mostra muito da contramão na qual, nós moradores urbanos estamos metidos nas cidades brasileiras, e particularmente no Rio de Janeiro. A comparação entre transportes motorizados, isto é aqueles feitos de forma mecânica, entre individual (carro ou moto) e coletivo (trens, metrô, ônibus, barcas, vans etc...). Há um acréscimo do transporte individual de 25,8% para 28,5% de 2003 para 2012, e um decréscimo do transporte coletivo correspondente de 74,2% para 71,5% no mesmo periodo de tempo. O que claramente aponta para o declínio da utilização do transporte público na cidade do Rio de Janeiro, certamente devido a ineficiência dos serviços, que estão mais caros e demorados. A ampliação da frota de veículos, particularmente de motos, indicam o descrédito que o sistema de transporte público possui na cidade do Rio de Janeiro.

A matéria do jornal O Globo, do dia seguinte, na quinta feira dia 26 de setembro de 2013 mostra um pouco nossa situação degradante.

sábado, 28 de setembro de 2013

Um debate sobre a Operação Urbana Consorciada do Porto Maravilha

Na última quinta feira dia 26 de setembro de 2013 houve em São Paulo um debate sobre a Operação Urbana Consorciada (OUC) do Porto Maravilha, que está em andamento na cidade do Rio de Janeiro, patrocinado pelo jornal Valor Econômico. Nesta ocasião expressei minha preocupação com uma certa hegemonia da lógica financeira destas operações, que tendem a gerar territórios urbanos descontínuos baseados na torre corporativa. Além da inadequação da cidade mono funcional, restrita as torres de escritórios com vidros espelhados, argumentei que a paisagem da cidade precisa ser levada em conta na definição da estrutura das edificações a serem construídas. A lógica das CEPACs (certificados de potencial adicional de construção) que estrutura as OUCs acabam por impedir a visualização do futuro desenho da cidade como um todo, fragmentando-o em ações pontuais, pois sua definição se dá a partir da área do terreno urbano onde ela ocorre. Nesta lógica, nem a quadra, que se configura como o conjunto dos terrenos está sendo considerada.
A emblemática paisagem do Rio de Janeiro,
um valor inestimável

A cidade do Rio de Janeiro, com suas paisagens emblemáticas de maciços graníticos, como o Pão de Açúcar e o Corcovado, possui uma ocupação urbana onde se destaca uma certa continuidade da quadra determinada por uma altura da edificação que tende a ser homogênea. O bairro de Copacabana, por exemplo possui um gabarito de onze andares, esta continuidade é rompida apenas por duas torres, dos hotéis Othon e Meridien. Esta conformação me parece mais adequada para a paisagem do Rio de Janeiro, pois o destaque não recai sobre o conjunto edificado mas sobre os maciços graníticos, que tendem a ser os protagonistas diante de uma continuidade edilícia que apenas sublinha sua importância.

Copacabana e a continuidade de seu conjunto edificado
A paisagem do Rio de Janeiro foi recentemente tombada, ela possui um valor inestimável, com seus ícones geológicos dos maciços graníticos que pontuam diferentes recintos muitas vezes definindo seus bairros. A zona portuária do Rio de Janeiro possui um conjunto de montanhas que a separa da região da Avenida Presidente Vargas, que é constituído pelos morros da Conceição, da Providência e do Pinto. Este conjunto de montanhas deve ser o protagonista que determinará o caráter da intervenção humana, que deve se pautar por uma sensibilidade não competitiva, que as recentes torres espelhadas apresentadas por diferentes grupos na zona Portuária estão negando.
A cidade metropolitana do Rio de Janeiro

A visão de conjunto está sendo prejudicada por uma excessiva fragmentação, baseada nos terrenos, que as CEPACs ao meu ver condicionam. A arquitetura e o urbanismo da cidade precisam olhar mais para o conjunto da cidade metropolitana do Rio de Janeiro, pensando esta estrutura de forma holística e integrada, e nunca da forma fragmentada como as OUCs vem sendo desenhadas. A paisagem carioca me parece ter um valor inestimável, que está sempre a cobrar dos arquitetos e urbanistas esta visão do conjunto.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Uma viagem de BH ao Rio de Janeiro de carro, uma reflexão sobre o modo de fazer estradas no Brasil

Uma viagem de BH ao Rio de Janeiro de carro, uma distância de quatrocentos e cinquenta quilômetros feito de uma maneira geral em cinco horas, mostra-nos muito das condições do espaço construído pelo homem no Brasil. A estrada de uma maneira geral, com seus cortes, aterros, obras de arte (viadutos, pontes e contenções) se preocupa muito pouco com seus impactos na paisagem, com sua capacidade de construir um lugar com personalidade. Particularmente, esta estrada cruza um dos mais belos conjuntos de paisagens, diversificadas e exuberantes da região sudeste, cruzando três importantes maciços montanhosos; o Espinhaço, a Mantiqueira e a Serra do Mar. Ela também cruza importantes unidades paisagísticas e ambientais, como o quadrilátero ferrífero, o serrado, a mata atlântica de altitude, a bacia do Paraiba do Sul, a serra do Mar, a baixada da Baía de Guanabara e o manguezal. As estradas no Brasil não são consideradas como presenças efetivas nas nossas paisagens, sendo reduzidas a uma objetividade limitadora, que as reduz a meros trajetos ponto a ponto, sem qualquer preocupação com as ambiências geradas. A ausência de preocupação com os impactos sobre a paisagem, tanto com as pré-existências, como também com aspectos indutores após sua implantação são recorrentes nas estradas brasileiras de uma maneira geral, e denunciam muito da importância dada ao projeto, como uma ação holística e estruturada.

Um dos campos que devem ser pleiteados pelo expertise de arquitetos e paisagistas brasileiros, certamente é o de projeto de estrada, como disciplina que deve participar com outras especialidades na concepção destes espaços, tão característicos da vida contemporânea. A capacidade destes profissionais de estabelecer relações mais equilibradas entre as estradas e as cidades lindeiras, ou entre as estradas e a fruição da paisagem em geral, podem representar uma melhora significativa no impacto destas estruturas sobre o meio ambiente onde se assentam.

Enfim as estradas no Brasil nos últimos anos, e a BR040 é um exemplo emblemático, não apresentam qualquer preocupação paisagística, se restringindo a serem meras linhas assentadas sobre o território sem preocupação com o contexto existente ou, o que ela irá gerar.

sábado, 21 de setembro de 2013

Uma visita ao edifício do museu Ibere Camargo do arquiteto Alvaro Siza

Uma visita ao edifício do museu Iberê Camargo em Porto Alegre do arquiteto Alvaro Siza provoca uma infinidade de questões relevantes sobre o projetar e o construir no mundo contemporâneo. Temas caros ao ofício da arquitetura e do urbanismo. De como no campo do projeto há gestos repetidos mecânicos e simplificadores de um lado, e inovação inusitada de outro. O enfrentamento do papel em branco, do terreno antes da obra, ou da imensa gama de opções possíveis que existem no enfrentamento de um tema pelo projetista nos remete a uma das frases mais emblemáticas de Louis I Kahn; "antes do projeto se realizar, o que ele quer ser?"

A figura discreta e provocante do arquiteto Alvaro Siza no sistema de profissionais reconhecidos internacionalmente, por si só já demandaria uma ampla reflexão. A teoria do projeto, que se refere a gênese da concepção dos objetos arquitetônicos, precisa se debruçar sobre a obra deste arquiteto de forma mais consequente e aprofundada. Na verdade Siza Vieira, como os portugueses o chamam, parece condensar em vários de seus projetos, de maneira emblemática; uma premissa de adequação, a partir de  analogias repetidoras e criações inusitadas, que sempre se questionam a partir de uma reafirmação de uma subjetividade arbitrária e particular. Enfim dramas, que acompanham o projeto desde tempos imemoriais, onde uma objetividade que se auto-justifica, encontra-se com uma arbitrariedade subjetiva muito potente.

Uma questão de saída desponta quando adentramos a soleira do museu de Iberê Camargo, o que é constância e repetição, e o que é inovação no esforço de elaboração deste projeto. O museu Iberê se situa no restrito conjunto de resposta a pergunta de Kahn de uma forma complexa, que nos faz pensar sobre as interrelações entre adequação e simbolismo, subjetividade e objetividade, risco e conforto, esforço e benefício, legibilidade de percurso e surpresa. Há uma premissa de coragem no enfrentamento de todas estas dualidades, como se afastando de forma determinada de qualquer zona de conforto. O edifício basicamente surpreende, tanto pela repetição de temas organizacionais sedmentados na história moderna da arquitetura (Guggenheim de Nova York), quanto pela inovação dentro desta mesma moldura.

Realmente uma obra de arte complexa e corajosa, que basicamente questiona; a fruição da arte, o preparo do olhar para esta compreensão, sua relação com o sítio, o circuito desta fruição, os momentos de protagonismo e de coadjuvante da arquitetura frente as artes plásticas.

Nada no Museu Iberê é muito simples, mas num paradoxo, tudo parece se restringir a uma simples coragem de realizar de forma profunda.

sábado, 14 de setembro de 2013

Lançamento do livro Desenho Urbano Contemporãneo no Brasil realizado no IAB-RJ

Mesa redonda durante o lançamento do livro Desenho Urbano Contemporâneo no Brasil, no IAB-RJ no dia 12 de setembro de 2013, segunda feira, debateu a relevância do desenho de qualidade para as cidades brasileiras. A necessidade de promoção de operações de projeto que requalifiquem os espaços de nossas cidades, melhorando a compreensão do espaço público como o lugar de interação da diversidade da sociedade, não para controlar mas para fazer livre a construção da cidadania. Como afirmou LEFEBVRE de forma definitiva; "A vida urbana, a sociedade urbana, numa palavra "o urbano" não podem dispensar uma base prático-sensível, uma morfologia." P49 "Ao mesmo tempo que lugar de encontros, convergência das comunicações e das informações, o urbano se torna aquilo que ele sempre foi: lugar do desejo, desequilíbrio permanente, sede da dissolução das normalidades e coações, momento do lúdico e do imprevisível." P79 LEFEBVRE, Henry O direito à cidade editora Centauro 2001 São Paulo 


Na foto, da esquerda para a direita: Gunter e Maria Elaine Kohldsdorf, Pedro Da Luz Moreira (vice-presidente do IAB-RJ), Cristiane Rose S.DuarteDenise Alcantara, e Vicente del Rio

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Leticia Galizzi expõe em Nova York

Minha querida cunhada, Leticia Galizzi, expõe em Nova York seus belos trabalhos de pintura. Realmente são trabalhos da maior competência. Quem puder deve conferir...

"Over Here, In There"
Recent work by Beverly Acha and Leticia Galizzi 

September 5 - 23, 2013

Abrazo Interno Gallery
Clemente Soto Velez Cultural Center
107 Suffolk St. New York, NY
between Delancey St. and Rivington St. in the Lower East Side
(F, to Delancey St. or J, M, to Essex St.)

Gallery Hours:
Monday - Sunday, 3:30 - 7:30 pm
or by appointment (contact Bev or Leticia)

Opening Reception: Sunday, September 8th, 5-8 pm.

For more info:
www.beverlyacha.com
www.leticiagalizzi.tumblr.com


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

11 de setembro de 1973 no Chile, Allende resiste no Palácio de la Moneda

Allende resiste no Palácio de la Moneda
No dia 11 de setembro de 1973, o palácio de la Moneda em Santiago do Chile foi bombardeado, um presidente - Salvador Allende - legitimamente eleito era destituído pelas forças armadas do país. A eleição de Allende ocorreu em 1970 pela coligação União Popular, que reunia os partidos socialista, comunista, radicais e social democratas. Os adversários de Allende eram  Jorge Alessandri (pela direita) e Radomiro Tomic (pelo Partido Democrata Cristão). Em 4 de setembro daquele ano, Allende foi eleito com 1 milhão e 70 mil votos, com vantagem de 40 mil votos sobre. Alessandri. Em 3 de novembro de 1970, Allende assumiu a Presidência da República do Chile, tres anos depois ele era deposto pelo golpe militar de Pinochet. A inusitada experiência chilena da presidência de Allende, propunha a construção de socialismo democrático, que foi brutalmente calada.

Este é o último discurso de Allende antes de ser morto, vale conferir...

http://www.youtube.com/watch?v=xZeEfXjTNu4

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O filme Flores Raras e suas inverdades arquiteto-paisagísticas


O filme Flores Raras, que ainda não vi, mas do qual já assisti um trailer possui uma série de inverdades mistificadoras, com relação a personagem Lota Macedo vivida pela grande atriz Glória Pires. Estas inverdades estão manifestas no pequeno trailer, que apresenta Lota Macedo como autora do projeto de Oscar Niemyer de 1954 para a casa Cavanelas. E, não só da casa mas também do paisagismo, que foi feito por Roberto Burle Marx. É impressionante como a vontade de mistificar uma personagem como Dona Maria Carlota de Macedo Soares acaba fazendo o filme se envolver em inverdades históricas, que nada ajudam ao campo da arquitetura, do paisagismo e do urbanismo. Todos no Brasil somos gratos a Lota Macedo pela realização desta maravilhosa obra do Parque do Flamengo, que de tão bem pensada parece fazer parte de uma das mais emblemáticas paisagens do mundo. Como afirma Alfredo Britto no artigo transcrito na íntegra abaixo;
 
"Foi pela persistência, tenacidade, energia, devoção de Lota que o aterro se transformou em parque. E, sobretudo por sua visão premonitória em convencer o governador..."
 
O que mais choca na montagem destas inverdades pelo filme é que o livro no qual se baseia, de Carmem L. Oliveira, conta a história de forma adequada e com rigor histórico, nomeando e dando o devido crédito para personagens como Sérgio Bernardes, Reidy e Burle Marx, como também foi recentemente assinalado pelo presidente do IAB - Bahia, Nivaldo Barbosa, em postagem recente nas redes sociais; 
 
"O impressionante é que o excelente livro no qual se baseou o filme "Flores raras", cujo título é "Flores raras e banalíssimas", de autoria de Carmen L. Oliveira, dá todos os créditos a Sérgio Bernardes (no projeto da casa de Lota na Samambaia) e a Affonso Eduardo Reidy, Roberto Burle Marx e equipe no projeto urbanístico e paisagístico do Parque do Flamengo. Na busca por mitificar Lota, o filme a transformou numa super arquiteta-urbanista-paisagista autônoma e autodidata - coisa que ela, de fato, nunca foi, embora seja inegável a sua liderança na criação do Parque do Flamengo."
 
Abaixo o artigo de Alfredo Britto publicado no O Globo de 08 de setembro de 2013, que coloca os verdadeiros personagens em suas reais posições;
 
 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Matéria no Viva Favela sobre uso de bicicletas nas favelas

A matéria abaixo saiu no portal viva favela e debate as incipientes medidas para fomentar o uso de bicicletas nas favelas. Vale a pena conferir...
Precariedade do estímulo ao uso da bicicleta na metrópole carioca


http://www.vivafavela.com.br/reportagem/favelas-s%C3%A3o-o-c%C3%A9u-e-o-inferno-dos-ciclistas

O seminário Q+50 em Manaus debateu a Amazonia Urbana

O último seminário da série Quitandinha +50 anos, promovido pelo IAB  foi realizado na cidade de Manaus nos dias 30 e 31 de agosto de 2013 e discutiu a Amazônia Urbana. A série de debates, que homenageia o histórico congresso, realizado no Hotel Quitandinha em 1963 em Petrópolis no Rio de Janeiro, que se debruçou sobre a Habitação e a Reforma Urbana, já ocorreram em várias cidades brasileiras.

Estive coordenando a mesa do dia 31 de agosto, que reuniu Antonio Roberto Moita, diretor presidente do Implurb de Manaus e José Alberto Tostes, professor da Universidade Federal de Amapá.

 Os debates se concentraram em torno de temas que interligam o meio ambiente à vida urbana, a selva à cidade. O passivo ambiental foi corretamente caracterizado como uma questão urbana, onde a cidade representa grande parte do impacto sobre o meio ambiente. Neste contexto, o tema ambiental da Amazônia, maior reserva de floresta e de água do planeta, deve ser repensada pelo urbano, uma vez que este representa seu maior impacto.

O espalhamento das cidades brasileiras foi caracterizado como uma tendência determinada pelo automóvel, e, que penaliza as administrações públicas que acabam dispendendo enormes quantias de dinheiro, para instalar infra estrutura em enormes áreas. Por outro lado, este mesmo espraiamento da cidade brasileira penaliza fortemente populações economicamente frágeis, que invariavelmente estão nas áreas mais carentes das infra estruturas mais elementares.

A questão dos limites e transgressões mútuas entre as esferas privada e pública também foram abordadas pelos palestrantes. As calçadas das nossas cidades denotam a falta de importância dada ao espaço público pelo senso comum, onde o caminhar do pedestre se transforma numa corrida de obstáculos. A qualidade do caminhar humano na cidade brasileira deve ser perseguida oferecendo aos usuários todos os confortos programados.

Outro aspecto constantemente reforçado foi a questão do centro das cidades, que possuem uma alta carga simbólica, e uma concentração de esforços notáveis já construídos. O esvaziamento e a museificação conspiram para que estes percam seu conteúdo e ocupação, determinando mais espraiamento para as cidades brasileiras.

Por último, foi mencionado o problema do transporte público, dentro do qual as cidades brasileiras fizeram uma clara opção pelo rodoviarismo e pelo automóvel individual, o que determina a ocorrência de imensos engarrafamentos e uma baixa mobilidade das populações mais fragilizadas no espectro econômico. As duas cidades mais importantes da amazônia urbana, Belém e Manaus, foram também apontadas como cidades que mantem taxas de crescimento elevadas, diferentemente de algumas cidades do sul e sudeste do Brasil. Estas taxas de crescimento determinam a emergência do problema urbano na amazônia.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A hegemonia do capital financeiro precisa ser regulada

O sistema financeiro possui uma clara hegemonia em nosso sistema capitalista contemporâneo. O incrível desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) em nosso mundo contemporâneo garantiu a este capital uma incrível volatilidade. Onde o tempo de investimentos variados e a realização de lucros vultosos cada vez são mais rápidos, fragilizando o capital engajado na produção concreta. A escalada é impressionante. A crise de 2008 nos EUA, que de uma hora para outra quebrou o sistema, deixando milhares de familias e empreendedores endividados e quebrados, enquanto grandes representantes do sistema financeiro nada sofriam, é um exemplo desta hegemonia.

O video abaixo sobre a Islândia é também um exemplo de como a grande mídia internacional participa deste conluio, reforçando esta hegemonia:

http://www.youtube.com/embed/w4hILR5H8FQ?rel=0