quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Encontro com AIA dos EUA e IAB-RJ debate a participação dos usuários nos projetos

Wayne Feiden, Pedro da Luz Moreira, Erin Simmons e Joel
Mills no auditório do IAB-RJ
Nos dias 17 e 18 de agosto, na última segunda e terça feira foi realizado um encontro com a American Institut of Architecture (AIA) dos EUA, o Instituto Pereira Passos (IPP) da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro e o Instituto de Arquitetos do Brasil, departamento do Rio de Janeiro (IAB-RJ), debatendo a participação de usuários nos planos e projetos de melhorias do seu ambiente construído. Na segunda feira, dia 17 de agosto foi realizado no auditório do IAB-RJ um encontro aberto debatendo o programa denominado AIA Communities by Design, que mobiliza arquitetos dos EUA interessados em trabalho voluntário para comunidades. E, na terça feira dia 18 de agosto foi realizado um encontro mais reservado com arquitetos brasileiros e americanos que possuem experiência no desenvolvimento de planos e projetos participativos. Nesse segundo dia o arquiteto Luiz Carlos Toledo apresentou sua rica experiência na favela da Rocinha no Rio de Janeiro, com projeto participativo.

O arquiteto Luiz Carlos Toledo apresenta sua experiência na favela da Rocinha no Rio de Janeiro
O destaque dos dois debates foi a constatação de que a sociedade civil nos EUA desfruta de uma autonomia para se pensar e para refletir sobre a forma da sua ocupação do território, contando com o instituto americano de arquitetura (AIA), que também é uma organização da sociedade civil. Ao contrário do Brasil e dos países de tradição Ibérica, os governos instituídos sejam; municipais, estaduais ou federal não são inicialmente envolvidos, percebe-se uma quase autonomia da esfera da sociedade civil. O plano e o projeto desenvolvidos pelos arquitetos de forma voluntária, com a chancela da AIA passam a ser instrumentos para captação de verbas, que podem ser aportados pelo governo ou pela iniciativa privada.

Outro aspecto prioritário destacado pelos americanos é a sustentabilidade das comunidades, que muitas vezes a partir de uma reordenação de seu espaço físico conseguem atingir um outro patamar de desenvolvimento econômico, garantindo para seus membros a prosperidade. As equipes da AIA são compostas de forma multidisciplinar, sendo coordenadas por arquitetos e possuem desenvolvedores econômicos, assistentes sociais, engenheiros de infraestrutura, etc... Os trabalhos apresentados tiveram naturezas diversificadas envolvendo cidades como Birminghan no Alabama, que foi assolada por um tornado, ou Sacramento na Califórnia, ou ainda Hampton na Virginia e recebem muitas vezes como demanda das diversas comunidades o combate a sua própria pobreza ou o declínio de alguns de seus bairros.

Abaixo o link da AIA.

http://www.aia.org/aiaucmp/groups/aia/documents/pdf/aiab099668.pdf