domingo, 28 de dezembro de 2014

Se é fácil por que não implantamos: O Hospital IV Centenário em Santa Teresa permanece vazio

Apesar de uma demanda brasileira imensa por novas habitações urbanas, o antigo edifício do Hospital IV Centenário no bairro de Santa Teresa na cidade do Rio de Janeiro permanece fechado, desocupado e se deteriorando. Porque?

A pergunta se insere na série que começa a ser publicada no meu blog Arquitetura, cidade e projeto denominada; Se é fácil porque não implantamos? Uma pergunta básica e simples, que pretende cobrar do poder público e da sociedade brasileira soluções para problemas instalados complexos, mas que na nossa percepção cotidiana da cidade se mostram como enigmas banais e simples. Essa postura, ao final desvenda que a falta de importância dada para uma política urbana estruturada, articulada e pensada representam um fardo pesado para as cidades do país. As três esferas de poder no país, federal, estadual e municipal, precisam começar a reconhecer a centralidade de uma política urbana mais estruturada. As ações nesse segmento podem impulsionar transformações importantes, inclusive na distribuição de renda.

O Hospital IV Centenário em Santa Teresa é uma edificação dos anos sessenta, que funcionou como hospital hotel até o começo do século XXI. Era portanto, uma unidade de saúde que não realizava procedimentos complexos agendados como cirurgia, ou emergência e não tinha alto grau de resolutividade no atendimento ao público. Era portanto, uma unidade que atendia longa permanência e oferecia acompanhamento nos quartos e enfermarias para pacientes que se recuperavam de procedimentos complexos. É portanto, uma unidade de saúde com serviços de longa internação, com uma estrutura que se aproxima daquilo que o jargão da arquitetura hospitalar denomina hospital-hotel. Tal configuração abre para a antiga edificação um leque imenso de opções para sua reocupação, podendo abrigar novos usos como habitação, hotel, centro cultural, enfim qualquer programa arquitetônico.

Pois bem essa estrutura está abandonada há anos. Já houve projeto da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro de implantar um empreendimento do programa do governo federal Minha casa, Minha vida, que não foi para frente. Depois foi anunciado que o edifício abrigaria o 1o Batalhão da PM carioca, no entanto nada ainda aconteceu para tal.

No mundo contemporâneo cada vez mais essas estruturas são reutilizadas e reocupadas com novas funções, reaproveitando as energias já dispendidas para sua construção. Essa atitude revela também uma profunda consciência ambiental e ecológica...

sábado, 20 de dezembro de 2014

José Mariano Beltrame e Museu da Maré homenageados no IAB-RJ na festa da 52a Premiação Anual

O Secretário de Segurança do RJ José Mariano
Beltrame e o Presidente do IAB-RJ Pedro
da Luz Moreira

No último dia 12 de dezembro de 2014 na festa da 52a Premiação Anual do IAB-RJ foram homenageados como personalidade do ano; o Secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame  e o Museu da Maré. Duas homenagens que se complementam, e possuem profundas consequências sobre a gestão do território da cidade do Rio de Janeiro. Uma das homenagens se refere as favelas, criação brasileira para se confrontar a ausência de políticas públicas na área urbana e habitacional do país durante décadas, e que permanecem com soluções precárias e improvisadas. E, a outra se refere a uma política de segurança denominada Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), que pretende retomar o território das mesmas favelas para a normalidade constitucional. Sem dúvida duas ações que possuem um profundo impacto sobre o desenvolvimento de uma política de ocupação do território urbano nas cidades brasileiras. As ações podem ser vistas como desconexas e descoordenadas, mas na verdade possuem grande conexão e são interdependentes.

O mundo contemporâneo tende a uma grande fragmentação das ações sobre o território, há uma enorme segmentação das responsabilidades, há esferas governamentais diferentes que se responsabilizam por serviços que não conversam com outros setores públicos. O problema tem efeitos deletérios sobre a construção das cidades brasileiras, que seguem com sua gestão do território fragmentada e dividida. A esfera urbana demanda uma atitude de coordenação, que só pode ser construída por um maior protagonismo do plano e do projeto, que são atividades que tem a pretensão de se antecipar aos impactos da implantação de infraestruturas variadas.


O Secretário de Segurança do Estado do RJ folhea o
Catálogo de Metodologias de urbanização de Favelas

Há muito que se apontam as favelas no Brasil como organismos capazes de estruturar redes de solidariedade e de auto-sustentação para populações fragilizadas economicamente. De uma maneira geral elas se constituem como ambientes onde a edificação da habitação é auto-empreendida e de forma precária pelas próprias famílias, determinando espaços urbanos de difícil legibilidade, onde o limite entre esfera privada e pública permanece indefinido. Apesar disso, elas foram capazes de construir configurações notáveis tanto do ponto de vista arquitetônico, como urbano. Invariavelmente elas demandam pela consolidação do limite entre esfera pública e privada, infraestruturas urbanas como distribuição de água, coleta de esgotos e lixo, acessibilidade, drenagem, iluminação, etc...E, também segurança pública.

A idéia por trás da 52a Premiação Anual do IAB-RJ, ao homenagear o Beltrame e o Museu da Maré, era reforçar que a política de segurança do governo do estado do Rio de Janeiro precisa ser reforçada pelo projeto de reurbanização de favelas. Abaixo o link da minha entrevista na TV Brasil sobre a premiação.

http://tvbrasil.ebc.com.br/reporterrio/episodio/trabalho-de-contar-a-historia-do-complexo-da-mare-vai-receber-premio

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

52a Premiação Anual do IAB-RJ, algumas considerações

Na última sexta feira dia 12 de dezembro de 2014 foi realizada na sede do IAB-RJ a tradicional festa de premiação anual dos arquitetos, que nesse ano teve uma expressiva procura com 81 trabalhos inscritos. Nesse ano a direção do IAB-RJ propos um tema - a Baía de Guanabara - instando aos arquitetos que apresentassem suas propostas e planos para promover uma aproximação positiva e propositiva entre mancha urbana e esse acontecimento geográfico. A idéia do tema pretende promover uma maior aproximação da Premiação Anual com o conjunto da sociedade brasileira, atraindo a área de meio ambiente dos problemas de ocupação do território pelo homem, que são afeitas aos arquitetos e urbanistas. A festa, que montou uma exposição na grande nave da sede do IAB-RJ, revela um retrato da produção da arquitetura nacional, com interessantes manifestações nas categorias; urbanismo e paisagismo, edificações, arquitetura de interiores e design, e Baía de Guanabara.

O IAB-RJ também homenageou como personalidade do ano, o Secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame e o Museu da Favela da Maré, para celebrar a retomada dos territórios das favelas cariocas do tráfico de drogas e de atividades ilícitas. Além desses o IAB-RJ também homenageou o arquiteto Edisom Musa como arquiteto do ano, pela sua obra e presença na cidade do Rio de Janeiro.

A homenagem as personalidades do ano geraram protestos de uma minoria barulhenta, que não concordava com essa indicação e que se manifestou constrangendo o Secretário Beltrame de forma discricionária, durante a solenidade. Além disso essa minoria pichou as fachadas do IAB-RJ, com frases agressivas ao Secretário num ato de vandalismo contra um imóvel tombado pelo patrimônio, o que é inadmissível.

O IAB-RJ repudia essa atitude dessa minoria barulhenta e autoritária, reafirmando seus compromissos com a democracia de forma ampla e irrestrita, permitindo inclusive que o contraditório se manifestasse livremente na sua sede. No entanto, não se pode admitir a cassação da palavra do Secretário de Segurança na solenidade, nem tão pouco a depredação do patrimônio tombado pelo IEPHA estadual e pelo Município. Numa democracia é importante que os diversos agentes e atores possam dialogar sem quaisquer constrangimentos, permitindo a livre expressão das idéias.

Habermas, um filósofo alemão contemporâneo, que prega a busca de uma certa horizontalidade do debate entre diferentes agentes, a partir do conceito da busca da racionalidade intersubjetiva. Um novo conceito de racionalidade, longe de personalismos, mas firmados a partir da livre argumentação entre diferentes posicionamentos. Enfim, o que Habermas propõe é a escuta da diversidade de opiniões, o ouvir o outro, aquele que pensa diferente de nós. Prática fundamental para o desenvolvimento da idéia republicana que toda democracia pretende alcançar.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Mais diálogo, planos e projetos

Na última sexta-feira, dia 12 de dezembro de 2014, o IAB-RJ realizou a sua a 52ª Premiação Anual. O evento teve uma expressiva marca de 82 trabalhos inscritos entre estudantes e profissionais, numa demonstração de força e jovialidade de uma instituição que jamais se pautou pelo pensamento único, por alinhamentos confortáveis, e sim pela promoção constante do diálogo, do contraditório e do debate tão característicos da democracia e das cidades.
Nesta edição, foi proposta uma premiação especial sobre a Baía de Guanabara, importante acontecimento geográfico que justificou a antiga cidade colonial do Rio de Janeiro. Pensar uma articulação e aproximação positiva e propositiva dos seres urbanos com contínuos ambientais como a Baía de Guanabara é o grande desafio de nossa contemporaneidade.
A proposta do IAB-RJ, ao incitar arquitetos a pensar a Baía, é mobilizar o pensamento sobre o desenho do território para reequilibrá-lo em suas oportunidades. Consideramos, portanto, que a despoluição desse patrimônio ambiental é uma forma de ampliar os confortos e benfeitorias que essa ação traz para o antigo centro da cidade, para a sua Zona Norte e para municípios como São Gonçalo, Duque de Caxias, Magé, entre outros.
Olhemos para as nossas bordas. Numa cidade tão ligada ao mar, queremos voltar a celebrar todas as suas águas e mananciais.
Mas nem tudo foi festa na Premiação Anual do IAB-RJ. Houve protestos de uma minoria autoritária e barulhenta, contra a escolha feita pelo IAB-RJ para os títulos de personalidades homenageadas no ano – o secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, e o Museu da Maré.
Tais indicações, corajosas e longe dos alinhamentos confortáveis, foram aprovadas pelo Conselho Deliberativo da entidade.
Elas têm o propósito de alertar a sociedade para a importância da política das Unidades de Policia Pacificadora (UPPs) nas favelas cariocas. O IAB-RJ acredita que a reconquista dos territórios para a normalidade constitucional e a garantia de livre acesso às favelas são valores absolutamente essenciais para a discussão da cidade.
As homenagens indicam, ainda, a urgência da aproximação entre favelas, representadas pelo pioneiro e inspirador trabalho realizado pelo Museu da Maré, e o poder público, na figura do idealizador das UPPs, Beltrame. O IAB-RJ aposta firmemente no aprimoramento deste diálogo como único caminho para a obtenção de resultados na cidade.
E, não menos importante, as escolhas de Beltrame e do Museu da Maré são estratégicas no sentido de fortalecer a posição do IAB-RJ como agente ativo nas discussões futuras sobre o território das favelas no Rio de Janeiro.
Com essas homenagens o IAB-RJ – das UPPs, do Museu da Maré e também com o arquiteto do ano Edison Musa – pretende, por fim, enfatizar o significado do planejar e projetar. Afinal, planos e projetos articulados e interligados não devem desempenhar um papel descritivo de ações a serem implementadas de forma autoritária. E sim, em suas fases iniciais, medir sua adequação ao contexto em que se implantam. São, portanto, instrumentos fundamentais na ampliação da transparência de nossa democracia.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Lançamento dos três livros de Nabil Bounducki no IAB-RJ

O presidente do IAB-RJ Pedro da Luz, o arquiteto e vereador
Nabil Bounducki, o presidente nacional do IAB Sérgio
Magalhães e as arquitetas Rose Compans e Silvia Barbosa
no lançamento do livro
Nessa última quinta feira dia 04 de dezembro de 2014 foi lançado os três volumes do livro do arquiteto e vereador Nabil Bounducki do PT-SP, um esforço memorável de compilação dos esforços brasileiros para construção de conjuntos habitacionais no país. Os pioneiros da habitação social se desenvolvem em três volumes, com farta documentação iconográfica, fundamental para compreensão dos projetos selecionados. O debate que antecedeu a noite de autógrafos teve a presença do arquiteto Sérgio Magalhães, presidente nacional do IAB e de profissionais expressivos da arquitetura e do urbanismo na cidade do Rio de Janeiro.

Os debates acabaram se referindo ao atual programa de produção habitacional do governo federal, o Minha Casa Minha Vida (MCMV), que vem repetindo erros da política da ditadura militar, centrada no extinto Banco Nacional de Habitação (BNH), que lhe antecedeu, e a forma de produção e reprodução da cidade brasileira, que permanece injusta e excludente para amplos setores sociais. A oportunidade que estamos perdendo com o programa MCMV de reestruturar as cidades brasileiras, fazendo-as mais inclusiva é notória e amplamente compartilhada pelos arquitetos.

A moldura da produção habitacional brasileira permanece presa a uma lógica quantitativa, sem atender a demanda qualitativa da sociedade brasileira, que não solicita mais a casa isolada, mas a casa urbana. A inserção da moradia no contexto urbano significa garantia de acesso a oportunidades, trabalho, lazer, infraestruturas, que muitas vezes são capazes de promover melhorias significativas a diferenciadas famílias.

A habitação representa uns 80% da massa construída de todas as cidades no mundo. Promover assentamentos habitacionais articulados a uma urbanidade mais consolidada, que garanta as famílias acesso a empregos, lazer, educação, cultura pode significar uma mudança na perspectiva de vida da população mais frágil economicamente.

O governo federal, que continuamente se auto define como promotor de uma melhora na distribuição de renda no Brasil, parece que ainda não entendeu, que a política urbana é fundamental para isso.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Debate no IAB-RS sobre a Olimpíada no Rio de Janeiro

Na última quarta feira dia 03 de dezembro de 2014 estive em Porto Alegre no Rio Grande do Sul, debatendo os projetos para a Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro, no contexto dos encontros de quarta no Instituto de Arquitetos do Brasil departamento do Rio Grande do Sul (IAB-RS). A recepção e acolhida dos companheiros gaúchos foi maravilhosa e bem proveitosa, com questionamentos e posicionamentos bem articulados, que debateram de forma acalorada o projeto da cidade contemporânea no Brasil.

Montei minha argumentação a partir da constatação de que existe uma inércia do construir cidades no Brasil, que precisa ser modificada e transformada, pois estamos gerando uma urbanidade incompleta e insegura. A configuração de um território urbano onde existe, de um lado, pequenos trechos infraestruturados com comodidades sofisticadas, e de outro, imensas extensões com precariedades primárias, como falta de abastecimento básico, ausência de calçamento, iluminação, coleta de lixo, dentre outras, determinava uma compreensão geral de injustiça e de desequilíbrio de acesso à oportunidades na sociedade brasileira.

A cidade é a materialização mais concreta e fiel da sociedade. Nela estão reproduzidas as práticas cotidianas de exclusão e elitismo dos extratos sociais brasileiros de maneira geral. A definição de um programa de prioridades, que mudasse a inércia do construir da cidade brasileira deveria enfrentar quatro pontos bem objetivos. Nossas cidades precisam passar a ser:

  1. Densas e compactas, passando a possibilitar a universalização geral dos serviços urbanos em todo seu território, com reforço da mais antiga centralidade.
  2. Cidade que fomente a convivência de diversos extratos sociais e usos, que combata a tendência de gerar guetos separados, de ricos e pobres, e aproxime atividades como habitação, trabalho  e lazer.
  3. Cidade de mobilidade ampliada, que combata a exclusão determinada a partir da ausência ou tarifação cara do transporte público, possibilitando acesso a oportunidades variadas ao conjunto de sua população.
  4. Cidade que amplie a visibilidade e a aproximação dos seus conjuntos naturais, aproximando seus cidadãos de biomas particulares.
E
Enfim, quatro pontos fundamentais para ampliar a democracia brasileira. Abaixo a íntegra do debate

https://www.youtube.com/watch?v=qx80upYVxTE

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Vencedor do concurso do Museu da Imagem e do Som - Profissional

O trabalho primeiro colocado de Silvio Oksman
Foi anunciado nessa sexta feira dia 05 de dezembro de 2014 o vencedor do concurso de projetos para o edifício do Museu da Imagem e do Som para atender os profissionais (MIS-PRO) dedicados a pesquisa. Um edifício dedicado a guardar o acervo do MIS voltado para os pesquisadores que se debruçam sobre o rico patrimônio da música brasileira.

Os responsáveis pelas equipes que foram premiados são os seguintes trabalhos:

1º lugar - Silvio Oksman (SP)
2º lugar - Pedro Varella ( RJ)
3º lugar - André Lompreta de Oliveira (RJ)
Menção Honrosa - Matias Revello Vazquez (RS)
Menção Honrosa - Pablo Emilio Robert Herenu (SP)


O nível do concurso atingiu um patamar extraordinário, a imagem do vencedor demonstra o que estou dizendo.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Resultado do Concurso de Projetos da Biblioteca Nacional no IAB-RJ

Dia do anúncio da vitória pelo arquiteto Hector Viglieca
Na última quarta feira dia 02 de dezembro foi entregue o prêmio do Concurso de Projetos para o acervo de periódicos da Biblioteca Nacional, localizado na zona Portuária do Rio de Janeiro. O projeto vencedor foi do arquiteto uruguaio Hector Viglieca de 72 anos radicado em São Paulo.

Na ocasião o arquiteto mostrou seu projeto vencedor e emocionou a platéia presente no IAB-RJ. A exposição de Viglieca enfatizou a inserção pública da edificação, que se implanta no novo boulevard da zona portuária da Rua Rodrigues Alves com uma grande generosidade urbana, articulando com sabedoria acesso e espaço público.

O arquiteto Hector Viglieca a presenta seu projeto no IAB-RJ
A edificação será um exemplo da complexa articulação existente entre espaço urbano e arquitetônico, as animações previstas e presentes nas duas categorias se auto sustentam.  A frente da Baía de Guanabara com a retirada do viaduto da Perimetral terá uma nova visibilidade, que deve ser franqueada ao público.

A Biblioteca Nacional é um marco da nossa cultura, que figura como um dos acervos mais importantes do mundo, ao promover o concurso de projetos de arquitetura essa instituição também reconheceu o valor simbólico e cultural de sua edificação.

Sem dúvida um marco importante na cultura de fazer cidades.