quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Vitória da chapa Fortalecimento da Arquitetura e Urbanismo no CAU-RJ

Vitória das teses do IAB na eleição do CAU
Hoje dia 06 de novembro de 2014 tivemos uma importante vitória da chapa Fortalecimento da Arquitetura e Urbanismo, que se candidatou a eleição do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU-RJ). Assim como em outros estados brasileiros, como São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e outros se percebeu uma vitória expressiva das teses do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).

Essa foi uma vitória de um grupo de arquitetos que vem declarando um grande amor pelo nosso ofício. Há nesse grupo uma diversidade muito grande de opiniões, mas percebo uma convergência na valorização do planejamento e do projeto como atividades estruturantes da nossa profissão. Outra convergência é a visão partilhada sobre as cidades brasileiras e seu processo de reprodução, esse grupo entende essa forma de crescimento como injusta e desequilibrada, não distribuindo oportunidades de forma equitativa pelo território. Há uma pauta oculta na produção e reprodução da cidade brasileira, prisioneira de interesses imediatos e ligeiros, sem olhar para o interesse geral dos seus habitantes. Há uma tendência inercial na produção da cidade brasileira, que precisa ser identificada e denunciada como um projeto excludente e elitista, que não está articulado com a ampliação da democracia que a sociedade brasileira vem alcançando no campo político. Essa não explicitação do projeto brasileiro de cidade determina uma forte fragmentação e segmentação das ações no território, que acaba presa por um voluntarismo descoordenado que beneficia interesses particulares.

Nesse sentido, as atividades de planejamento e projeto cumprem um papel estratégico importante, pois são um poderoso instrumental para a democratização dessa mesma cidade, uma vez que simulam com antecedência sobre o papel, os custos e benefícios das modificações propostas. São nas sociedades mais evoluídas a forma mais correta de se debater seu próprio vir a ser, checando a adequação das transformações propostas ao contexto existente.