segunda-feira, 26 de maio de 2025

Ciência, Arte, Pensamento Cotidiano e Arquitetura, a partir de György Lukács

O texto a seguir foi apresentado, aceito e debatido no âmbito do 1o Seminário Lukács e Educação Escolar: Arte, Ciência e Sociedade, que se reuniu na cidade de Araraquara no Estado de São Paulo na UNESP


Mapa de Roma de Gian Batisti Nolli (1701-1756), mostrando
a cidade com suas áreas de acesso público, inclusive o interior
de algumas edificações públicas.


Resumo expandido

O texto do resumo expandido aqui desenvolvido parte das considerações sobre a essência da concepção e fruição da arquitetura, como espaço vazio aprisionado pela materialidade de pisos, paredes e tetos. Depois destaca a conceituação de Lukács sobre o pensamento cotidiano e suas interações com a ciência e a arte, entendendo-os como constituidores da arquitetura. Logo depois, aborda a condição periférica da realidade brasileira, que se mostra incapacitada de pensar a si próprio. Traz então o caso particular das cidades brasileiras, que sofrem com uma absolutização do valor de troca, em detrimento do valor de uso, mostrando-nos a situação aviltante da arquitetura e urbanismo na sociedade capitalista contemporânea. Por fim, nas considerações finais reafirma a condição de arte da arquitetura e da cidade, que parece no mundo contemporâneo querer se bandear para o lado da ciência e do empresariamento. György Lukács (1885-1971) ao se dedicar a Estética, no final de sua vida enxergava nesse campo uma potência questionadora do sistema capitalista, exatamente por colocar em questão a forma de valorização da obra da arquitetura e da cidade.

Introdução

Inicialmente, é necessário começar no campo da arquitetura pensando-a como espaço vazio, conformado pela materialidade construtiva adjacente[1], constituída por pisos, paredes e tetos  – espaço ou vazio interior[2]. Importante salientar, que na concepção e fruição da Arquitetura e do Urbanismo há continuidade indivisível em nosso cotidiano, e no arranjo social e profissional no Brasil os dois campos se constituem com uma formação conjunta e inseparável[3]. É também importante destacar que a natureza desses parâmetros limitadores, tetos, paredes, pisos e céu, desse vazio espacial influenciam a conformação estética e ambiental, exterior e interior, condicionando sua concepção por arquitetos e urbanistas e sua fruição pelos usuários. A utilidade e o uso socialmente construído compõe a demanda da sociedade, que se materializa em edifícios, ruas, praças, parques conformando aquilo que podemos qualificar como a Economia Política do Espaço[4], que parte de nosso dia a dia. Cotidiano, que demanda; bibliotecas, museus, instituições de governo, teatros, estações de transportes, comércio, serviços, trabalho, habitação, que se materializam em edificações, que se estruturam em lotes, quadras, ruas que se constituem na cidade. O objetivo da arquitetura e do urbanismo é alcançar uma simbiose entre meio ambiente e espaço edificado, alcançando a humanização do homem. Adequação e conforto interagem com o meio ambiente, captando a insolação, os ventos, as expectativas simbólicas e expressivas da humanidade para se alcançar a reprodução e a preservação da vida, não só humana, mas também do planeta. E, dentro desse campo específico, da cidade e do abrigo, que mobilizam finalidades específicas da Ciência e da Arte, a partir do contexto do Brasil, e das reflexões de Lukács sobre a teoria do pensamento do cotidiano e do reflexo do real, em suas complexas interações. Tal condição situa nossas reflexões e interações de sobremaneira, tanto com a Arquitetura, como também com a Arte e a Ciência como formas de reflexo do real em nosso cotidiano, a partir das considerações desse autor;.

“O comportamento cotidiano do homem é simultaneamente começo e fim de toda atividade humana, isto é, quando se imagina o cotidiano como um grande rio, pode-se dizer que, nas formas superiores de recepção e reprodução da realidade, ciência e arte ramificam-se a partir dele, diferenciam-se e constituem-se de acordo com suas finalidades específicas, alcançam sua forma pura nessa peculiaridade – que emerge das necessidades da vida social ´para então, por consequências de seus efeitos, de suas incidências sobre a vida dos homens, voltar a desembocar  no rio da vida cotidiana. Portanto, esse rio é constantemente enriquecido com os resultados mais elevados do espírito humano, assimilando-os a suas práticas cotidianas, e daí voltam a surgir, em forma de questões e demandas, novas ramificações das formas de objetivação superiores. Desse modo, é preciso examinar detidamente as complexas inter-relações entre a consumação imanente das obras na ciência e na arte e as necessidades sociais que despertam ou ocasionam seu surgimento.” LUCKÁCS 2023, P.153

Lukács sempre destacou a especificidade de cada manifestação artística particular, distinguindo a literatura, a música, a escultura, a arquitetura, o cinema, etc cada uma com suas peculiaridades, inclusive em suas origens e no seu desenvolvimento. Ele, também destacou o aprisionamento da arquitetura e do urbanismo na era moderna, pela monetização desenfreada da cidade e do espaço de um maneira geral.

Desenvolvimento:

Produção da Diferenciação Combinada e Interessada:

Num país como o Brasil, colonizado, periférico e subalternizado por suas elites aos países centrais do capitalismo, a arte e a ciência assumem um papel central como reflexo dessa condição subalternizada, mas também como uma possibilidade didática de sua superação. A consumação imanente da ciência e da arte não partem apenas das demandas ocasionais, mas também despertam um surgimento, uma interpretação disruptiva, que coloca em questionamento o funcionamento mecânico e burocratizado dessa mesma sociedade, mostrando-nos a contradição entre interesses comuns e interesses particularizados. O comum e o privado lutam no território da arquitetura e do urbanismo manifestando uma luta de apropriação entre a res pública e os interesses de grupos privados. A dialética entre aparência e essência ocupa na arquitetura e no urbanismo um papel central na sua intenção de fixar e ordenar conceitualmente os objetos, os fatos, os programas no sentido da reprodução e manutenção da vida de todos e do planeta. Há aqui, um enriquecimento contínuo e solidário, mas não linear, da vivência humana, como um patrimônio compartilhado pela espécie para encontrar seu lugar no mundo, a partir dos desafios colocados por cada época. Por isso, “as expressões miméticas da realidade cotidiana cuja finalidade é uma comunicação prática concreta e determinada pelo conteúdo, vão sempre e necessariamente envoltas em uma ‘aura’ de evocação emocional” LUKÁCS, apud DUAYER, 2008, P.49. Aqui destaca-se na interpretação lukcasiana, a diferenciação entre reflexo científico e artístico, que opera a partir da ampliação ou supressão da subjetividade e da objetividade, como dois polos antagônicos, não mutuamente excludentes. Havendo na expressão artística uma ampliação da subjetividade e o represamento da objetividade, enquanto na ciência se dá o contrário; uma ampliação da objetividade e o represamento do subjetivo. Torna-se importante a referência a outro filósofo marxista, Antônio Gramsci (1897-1937), prematuramente morto devido as condições das prisões fascistas de Mussolini, para se entender o caráter desigual e combinado do desenvolvimento capitalista. Há no pensamento de Gramsci uma ordenação espacial e territorial do desenvolvimento do capitalismo, gerando centralidades e subcentralidades sempre inter-subordinadas, ideias fora do lugar, ou lugares sem ideias próprias. Ele, próprio um italiano do Sul, da Sardenha, periférica, agrária, subdesenvolvida e subalternizada em relação ao norte central, industrializado, desenvolvido e explorador. Numa analogia clara, com o desenvolvimento capitalista gerador de diferenças combinadas, numa estratégia de disseminação da exploração, da subalternização e da dependência, e não da solidariedade, da igualdade e da independência, como no caso do Brasil frente a Europa ou EUA;

O elemento distintivo dos subalternos e dos grupos subalternos é sua desagregação [...] Embora alguns deles possam ter atingido um significativo nível de organização, a outros falta coesão, enquanto nos mesmos grupos existem vários níveis de subalternidade e de marginalidade [...] A falta de coesão e de organização torna os subalternos politicamente impotentes, incapazes de dar uma expansão centralizada às suas aspirações e às suas necessidades, suas rebeliões são destinadas ao fracasso [...] A história dos grupos sociais subalternos é essencialmente desagregada e episódica (Gramsci, 1999, CC, P.131.

Essa condição está grafada em nossas cidades, em nossas regiões, um desenvolvimento gerador de desigualdades, onde se instalam níveis diferenciados de riqueza visando a exploração, o sobre lucro. Entre o Nordeste e o Sudeste, entre as centralidades e as periferias nas grandes cidades, entre bairros bem urbanizados com a universalização da infraestrutura urbana do “Bem Viver” e áreas precarizadas desprovidas de comodidades, como nossas favelas, ou nos loteamentos clandestinos periféricos. Tudo para acentuar a captura de renda de forma diferenciada, otimizando o lucro, fomentando a competição intra humana, des humanizando nossa existência, numa luta desenfreada pela sobrevivência. O que nos coloca a questão de como valorar as atividades humanas e dentre elas, a arte, como interpretações do real, que contribuem para a ampliação do humano, no desenvolvimento geral da espécie. O acúmulo contínuo e compartilhado em direção a humanização do homem, fomentando sua existência no sentido da ampliação da civilidade, e também de sua individualidade.

“É nisso que devemos buscar o núcleo, o centro, no que diz respeito a sua função social; com o evocativo não nasceu mais do que uma mera ’aura’, seja pela necessidade de expressar verbalmente o conceitual, seja pelo enriquecimento do objeto mediante a acumulação e a soma progressiva de vivências. Consideramos óbvio que a arte, de posterior nascimento, se forma com esses componentes expressivos, e que, inclusive, sem um largo processo que envolva as palavras, os gestos, as ações com uma tal ‘aura’, as artes não poderiam encontrar materiais na vida, nem formas nascidas da vida e enriquecedoras, por sua vez, dela mesma (nem, portanto, nenhuma disposição receptiva delas).” LUCKÁCS, apud DUAYER 2008, p.49

Produção de Valor e Preço na Arte:

Recentemente foi divulgado pela Fundação João Pinheiro (FPJ)[5], que o déficit habitacional quantitativo no Brasil é da ordem de 5,87 milhões de domicílios, no qual uma parcela expressiva corresponde ao pagamento de locação acima dos 40% da renda familiar. Tal condição contraria fortemente os artigos 182 e 183 da nossa Constituição Federal, que mencionam que o Direito de Propriedade deve cumprir seu papel social. E mais, de que a moradia é um direito fundamental relativo a vida, e não uma mera mercadoria. Daí a importância da teoria de ZEVI, 1977, que dá protagonismo a massa de ar contida entre paredes, pisos e tetos. Estes parâmetros em função de sua constituição interagem com esse vazio, essa massa de ar, onde fruímos e percebemos a arquitetura e a cidade, por sentidos que superam a mera visualidade, envolvendo o tato, a modulação do som, a apropriação da luz natural e das condições de conforto térmico, acústico. Parâmetros, que devem construir uma condição de acolhimento, proteção, usufruto de condições de saneamento e ventilação adequados, tanto no interior, o abrigo, quanto no exterior, a cidade. No entanto, nossas cidades são a prova material de que essas condições não estão igualmente distribuídas para nossa população, havendo uma grande maioria de casas e bairros inadequados, contrapostos a pequenas ilhas de adequação universalizada. É preciso sublinhar a desagregação cultural dessa condição, a partir da ausência de narrativas autorreflexivas e problematizadoras do nosso próprio contexto, da nossa real condição interessada no progresso geral de nossos compatriotas. Um certo fetiche alienado do conceito de bem viver, uma supervalorização do valor de troca e um declínio do valor de uso, enquanto incremento do projeto humano coletivo e comum. A ideia de uma valoração, que não contribui em nada para o projeto humano, de ampliação de sua civilidade, e de compreensão de que o esforço é comum e compartilhado.

A absoluta subordinação do pensamento lukacsiano ao realismo já foi destacada por vários autores; DUAYER 1977, FREDERICO 1997, JAMESON 1985, que segundo ele próprio envolve; “a conservação e a transmissão das experiências imprescindíveis para a vida da espécie não podem consumar-se senão pela imitação” enquanto “procedimento eficaz de adaptação ao mundo circundante” LUCKÁCS apud DUAYER 1977, p.49. Como já afirmado, as ideias fora do lugar ou de um lugar sem ideias próprias, a partir do pensamento de Antônio Gramsci, reforçado pelo realismo de Luckács. Esse realismo, não se restringia a descrever um estilo, mas era uma atitude metodológica frente aos interesses éticos e morais da arte, e superava em muito o mero alinhamento ideológico, a chamada arte engajada. Aquilo que de certa forma Friedrich Engels (1820-1895) já explicitara com relação a síntese literária de Honoré de Balzac (1799-1850), sobre seu tempo;

“Se a arte reflete a verdade objetiva, isto é, se ela reflete ‘as reais forças motrizes do desenvolvimento social dos homens’, ela pretende possuir valor de verdade objetiva. Sem ser um documento, nem mesmo uma narrativa histórica, a obra literária realista evidencia o processo histórico real. Por isso Engels afirma que aprendeu com Balzac ‘mais do que com os livros de todas os histporiadores profissionais, economistas e estatísticos somados da época.”[6] LUCKÁCS 2016, p.15

Considerações finais

Em nossa sociedade contemporânea estamos condenados a assistir a constante ampliação da monetização de tudo e de todos pelo sistema capitalista, que não reconhece limites para sua expansão. Portanto, a reafirmação do direito à vida, em clara oposição ao direito de propriedade deve ser enfrentado na espacialidade como um todo, interior e exterior. A arquitetura, o urbanismo sofrem esse mesmo processo de uma forma mais dramática, pois estão profundamente conectadas à saúde, deixando claro a fetichização da transformação de tudo em mercadoria. György Luckács sempre reconheceu no Renascimento Italiano o momento alto da arquitetura, por sua demonstração material e física concreta manifesta em determinadas cidades, como Florença ou Vicenza. Por isso, a citação a Leon Baptista Alberti (1404-1472) é fundamental;

“A concinnitas envolve a responsabilidade de traçar limites e delinear nossas vidas, nossas casas, nossas instituições e nossas cidades conforme um projeto pelo qual somos responsáveis e que se volta para o bem comum. Traçar limites não é apenas desenhar o lineamentis, “linhas da mente”, sobre o papel em que o arquiteto trabalha. É também agir com prudência, com economia e com cuidado para não cairmos na “mania de construir” que se manifesta de várias formas: em construções espetaculares, mas inúteis, como as pirâmides egípcias e os palácios persas, em edifícios luxuosos mas incapazes de dialogarem com o contexto físico, econômico, histórico e social em que se inserem; em cidades sem estrutura alguma e cujas as partes e segmentos são incapazes de se articularem para comporem um organismo e uma res publica.” (Alberti, 2012, p. 8).

Referências

ALBERTI, Leon Baptista. Da arte do construir: tratado de arquitetura e urbanismo. São Paulo: Hedra, 2012.

AURELLI, Pier Vittorio The Project of Autonomy: politics and architecture within and against capitalism. Nova York: Princeton Architecture Press, 2008.

BRANDÃO, Carlos Antônio Leite (org.). Na gênese das racionalidades modernas: em torno de Leon Battista Alberti. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2013.

DEL ROIO, Marcos (org.). Gramsci: Periferia e Subalternidade. São Paulo: Editora da USP, 2017.

DEL ROIO, Marcos. Gramsci e a emancipação do subalterno. São Paulo: Editora UNESP, 2018.

DAVIS, Mike. Planeta Favela. São Paulo: Editora Boitempo, 2006.

DUAUYER, Juarez – Luckács e a arquitetura – Niterói, EDUFF 2008

FRAMPTON, Kenneth. História crítica da arquitetura moderna. São Paulo: Martins fontes, 1997.

GRAMSCI, Antônio. História dos Grupos Sociais Subalternos, Q25. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1999.

LUCKÁCS, György – Estética, a peculiaridade do estético, volume 1 – São Paulo, Editora Boitempo 2023

LUCKÁCS, György – Marx e Engels como historiadores da Literatura – São Paulo, Editora Boitempo 2016

KONDER, Leandro. Marxismo e Alienação:, contribuição para um estudo do conceito marxista de alienação. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1965.

KONDER, Leandro.. Os marxistas e a arte: breve estudo histórico-crítico de algumas tendências da estética marxista. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2013.

MESZAROS, Istvan. O poder da ideologia. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004.

MONTANER, Josep Maria e MUXI, Zaída. Arquitetura e Política: ensaios para mundos alternativos. São Paulo: Gustavo Gilli, 2014.

MOREIRA, Pedro da Luz. Projeto, Ideologia e Hegemonia: em busca de uma conceituação operativa para a cidade brasileira. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: PROURB-FAUUFRJ, 2007.

MOREIRA, Pedro da Luz. A presença da ideologia. Disponível em: www.arquitetura.cidadeeprojeto.blogspot.com. Acesso em: 14 fev. 2024.

SILVA, Tiago H. A Cidade Zumbi: especulação e corrupção contra o espaço público e a moradia, Porto Alegre, Revista Matinal, 10 de janeiro de 2025

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.

TAFURI, Manfredo. Teorias e História da Arquitectura. Lisboa: Editorial Presença, 1979.

ZEVI, Bruno – Saber ver a arquitetura – Lisboa, Arcádia 1977



[1] A conceituação da arquitetura como espaço vazio, a massa de ar entre as paredes, pisos e tetos da construção é devida ZEVI, 1977.

[2] E, no caso do urbanismo que pode ser definido por pisos, fachadas e a abóboda celeste do local, o céu - espaço ou vazio externo.

[3] O Conselho profissional fiscalizador se denomina, Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU)

[4] Conceituação desenvolvida por CUTHBERT 2021, que reflete a valorização diferenciada do solo urbano na cidade capitalista e suas perversidades com relação a concentração de renda.

[5] SILVA, 2025 menciona dados da FPJ; “O déficit habitacional no Brasil, que representa a necessidade de novas unidades, atingiu 5,87 milhões de domicílios, correspondendo a 19,9% da população. Este déficit é composto principalmente por famílias com ônus excessivo com aluguel (3,03 milhões), situações de coabitação (1,36 milhões) e habitações precárias (1,48 milhões)”

[6] Friedrich Engels sempre assinalou a classe de Honoré de Balzac, como um representante da pequena nobiliarquia agrária francesa, no entanto reconhecia que aprendera mais com ele, numa traição inconsciente de seus interesses imediatos de classe.

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