O texto a seguir foi apresentado, aceito e debatido no âmbito do 1o Seminário Lukács e Educação Escolar: Arte, Ciência e Sociedade, que se reuniu na cidade de Araraquara no Estado de São Paulo na UNESP
Resumo expandido
O
texto do resumo expandido aqui desenvolvido parte das considerações sobre a
essência da concepção e fruição da arquitetura, como espaço vazio aprisionado
pela materialidade de pisos, paredes e tetos. Depois destaca a conceituação de
Lukács sobre o pensamento cotidiano e suas interações com a ciência e a arte,
entendendo-os como constituidores da arquitetura. Logo depois, aborda a
condição periférica da realidade brasileira, que se mostra incapacitada de
pensar a si próprio. Traz então o caso particular das cidades brasileiras, que
sofrem com uma absolutização do valor de troca, em detrimento do valor de uso,
mostrando-nos a situação aviltante da arquitetura e urbanismo na sociedade
capitalista contemporânea. Por fim, nas considerações finais reafirma a
condição de arte da arquitetura e da cidade, que parece no mundo contemporâneo
querer se bandear para o lado da ciência e do empresariamento. György Lukács
(1885-1971) ao se dedicar a Estética, no final de sua vida enxergava nesse
campo uma potência questionadora do sistema capitalista, exatamente por colocar
em questão a forma de valorização da obra da arquitetura e da cidade.
Introdução
Inicialmente, é necessário começar no
campo da arquitetura pensando-a como espaço vazio, conformado pela
materialidade construtiva adjacente[1],
constituída por pisos, paredes e tetos –
espaço ou vazio interior[2].
Importante salientar, que na concepção e fruição da Arquitetura e do Urbanismo
há continuidade indivisível em nosso cotidiano, e no arranjo social e
profissional no Brasil os dois campos se constituem com uma formação conjunta e
inseparável[3]. É
também importante destacar que a natureza desses parâmetros limitadores, tetos,
paredes, pisos e céu, desse vazio espacial influenciam a conformação estética e
ambiental, exterior e interior, condicionando sua concepção por arquitetos e
urbanistas e sua fruição pelos usuários. A utilidade e o uso socialmente
construído compõe a demanda da sociedade, que se materializa em edifícios,
ruas, praças, parques conformando aquilo que podemos qualificar como a Economia
Política do Espaço[4],
que parte de nosso dia a dia. Cotidiano, que demanda; bibliotecas, museus,
instituições de governo, teatros, estações de transportes, comércio, serviços,
trabalho, habitação, que se materializam em edificações, que se estruturam em
lotes, quadras, ruas que se constituem na cidade. O objetivo da arquitetura e
do urbanismo é alcançar uma simbiose entre meio ambiente e espaço edificado,
alcançando a humanização do homem. Adequação e conforto interagem com o meio
ambiente, captando a insolação, os ventos, as expectativas simbólicas e
expressivas da humanidade para se alcançar a reprodução e a preservação da
vida, não só humana, mas também do planeta. E, dentro desse campo específico,
da cidade e do abrigo, que mobilizam finalidades específicas da Ciência e da
Arte, a partir do contexto do Brasil, e das reflexões de Lukács sobre a teoria
do pensamento do cotidiano e do reflexo do real, em suas complexas interações.
Tal condição situa nossas reflexões e interações de sobremaneira, tanto com a
Arquitetura, como também com a Arte e a Ciência como formas de reflexo do real
em nosso cotidiano, a partir das considerações desse autor;.
“O
comportamento cotidiano do homem é simultaneamente começo e fim de toda
atividade humana, isto é, quando se imagina o cotidiano como um grande rio,
pode-se dizer que, nas formas superiores de recepção e reprodução da realidade,
ciência e arte ramificam-se a partir dele, diferenciam-se e constituem-se de
acordo com suas finalidades específicas, alcançam sua forma pura nessa
peculiaridade – que emerge das necessidades da vida social ´para então, por
consequências de seus efeitos, de suas incidências sobre a vida dos homens,
voltar a desembocar no rio da vida
cotidiana. Portanto, esse rio é constantemente enriquecido com os resultados
mais elevados do espírito humano, assimilando-os a suas práticas cotidianas, e
daí voltam a surgir, em forma de questões e demandas, novas ramificações das
formas de objetivação superiores. Desse modo, é preciso examinar detidamente as
complexas inter-relações entre a consumação imanente das obras na ciência e na
arte e as necessidades sociais que despertam ou ocasionam seu surgimento.”
LUCKÁCS 2023, P.153
Lukács sempre
destacou a especificidade de cada manifestação artística particular,
distinguindo a literatura, a música, a escultura, a arquitetura, o cinema, etc
cada uma com suas peculiaridades, inclusive em suas origens e no seu
desenvolvimento. Ele, também destacou o aprisionamento da arquitetura e do
urbanismo na era moderna, pela monetização desenfreada da cidade e do espaço de
um maneira geral.
Desenvolvimento:
Produção da
Diferenciação Combinada e Interessada:
Num país como o Brasil, colonizado,
periférico e subalternizado por suas elites aos países centrais do capitalismo,
a arte e a ciência assumem um papel central como reflexo dessa condição
subalternizada, mas também como uma possibilidade didática de sua superação.
A consumação imanente da ciência e da arte não partem apenas das demandas
ocasionais, mas também despertam um surgimento, uma interpretação disruptiva,
que coloca em questionamento o funcionamento mecânico e burocratizado dessa
mesma sociedade, mostrando-nos a contradição entre interesses comuns e
interesses particularizados. O comum e o privado lutam no território da
arquitetura e do urbanismo manifestando uma luta de apropriação entre a res
pública e os interesses de grupos privados. A dialética entre aparência e
essência ocupa na arquitetura e no urbanismo um papel central na sua intenção
de fixar e ordenar conceitualmente os objetos, os fatos, os programas no
sentido da reprodução e manutenção da vida de todos e do planeta. Há aqui, um
enriquecimento contínuo e solidário, mas não linear, da vivência humana, como
um patrimônio compartilhado pela espécie para encontrar seu lugar no mundo, a
partir dos desafios colocados por cada época. Por isso, “as expressões
miméticas da realidade cotidiana cuja finalidade é uma comunicação prática
concreta e determinada pelo conteúdo, vão sempre e necessariamente envoltas em
uma ‘aura’ de evocação emocional” LUKÁCS, apud DUAYER, 2008, P.49. Aqui
destaca-se na interpretação lukcasiana, a diferenciação entre reflexo científico
e artístico, que opera a partir da ampliação ou supressão da subjetividade e da
objetividade, como dois polos antagônicos, não mutuamente excludentes. Havendo
na expressão artística uma ampliação da subjetividade e o represamento da objetividade,
enquanto na ciência se dá o contrário; uma ampliação da objetividade e o
represamento do subjetivo. Torna-se importante a referência a outro filósofo
marxista, Antônio Gramsci (1897-1937), prematuramente morto devido as condições
das prisões fascistas de Mussolini, para se entender o caráter desigual e
combinado do desenvolvimento capitalista. Há no pensamento de Gramsci uma
ordenação espacial e territorial do desenvolvimento do capitalismo, gerando
centralidades e subcentralidades sempre inter-subordinadas, ideias fora do
lugar, ou lugares sem ideias próprias. Ele, próprio um italiano do Sul, da
Sardenha, periférica, agrária, subdesenvolvida e subalternizada em relação ao
norte central, industrializado, desenvolvido e explorador. Numa analogia clara,
com o desenvolvimento capitalista gerador de diferenças combinadas, numa
estratégia de disseminação da exploração, da subalternização e da dependência,
e não da solidariedade, da igualdade e da independência, como no caso do Brasil
frente a Europa ou EUA;
O elemento distintivo dos
subalternos e dos grupos subalternos é sua desagregação [...] Embora alguns
deles possam ter atingido um significativo nível de organização, a outros falta
coesão, enquanto nos mesmos grupos existem vários níveis de subalternidade e de
marginalidade [...] A falta de coesão e de organização torna os subalternos
politicamente impotentes, incapazes de dar uma expansão centralizada às suas
aspirações e às suas necessidades, suas rebeliões são destinadas ao fracasso
[...] A história dos grupos sociais subalternos é essencialmente desagregada e
episódica (Gramsci, 1999, CC, P.131.
Essa
condição está grafada em nossas cidades, em nossas regiões, um desenvolvimento
gerador de desigualdades, onde se instalam níveis diferenciados de riqueza visando
a exploração, o sobre lucro. Entre o Nordeste e o Sudeste, entre as
centralidades e as periferias nas grandes cidades, entre bairros bem
urbanizados com a universalização da infraestrutura urbana do “Bem Viver” e
áreas precarizadas desprovidas de comodidades, como nossas favelas, ou nos
loteamentos clandestinos periféricos. Tudo para acentuar a captura de renda de
forma diferenciada, otimizando o lucro, fomentando a competição intra humana,
des humanizando nossa existência, numa luta desenfreada pela sobrevivência. O
que nos coloca a questão de como valorar as atividades humanas e dentre elas, a
arte, como interpretações do real, que contribuem para a ampliação do humano,
no desenvolvimento geral da espécie. O acúmulo contínuo e compartilhado em
direção a humanização do homem, fomentando sua existência no sentido da
ampliação da civilidade, e também de sua individualidade.
“É nisso que devemos buscar o
núcleo, o centro, no que diz respeito a sua função social; com o evocativo não
nasceu mais do que uma mera ’aura’, seja pela necessidade de expressar
verbalmente o conceitual, seja pelo enriquecimento do objeto mediante a
acumulação e a soma progressiva de vivências. Consideramos óbvio que a arte, de
posterior nascimento, se forma com esses componentes expressivos, e que,
inclusive, sem um largo processo que envolva as palavras, os gestos, as ações
com uma tal ‘aura’, as artes não poderiam encontrar materiais na vida, nem
formas nascidas da vida e enriquecedoras, por sua vez, dela mesma (nem,
portanto, nenhuma disposição receptiva delas).” LUCKÁCS, apud DUAYER 2008, p.49
Produção
de Valor e Preço na Arte:
Recentemente
foi divulgado pela Fundação João Pinheiro (FPJ)[5],
que o déficit habitacional quantitativo no Brasil é da ordem de 5,87 milhões de
domicílios, no qual uma parcela expressiva corresponde ao pagamento de locação
acima dos 40% da renda familiar. Tal condição contraria fortemente os artigos
182 e 183 da nossa Constituição Federal, que mencionam que o Direito de
Propriedade deve cumprir seu papel social. E mais, de que a moradia é um
direito fundamental relativo a vida, e não uma mera mercadoria. Daí a
importância da teoria de ZEVI, 1977, que dá protagonismo a massa de ar contida
entre paredes, pisos e tetos. Estes parâmetros em função de sua constituição
interagem com esse vazio, essa massa de ar, onde fruímos e percebemos a
arquitetura e a cidade, por sentidos que superam a mera visualidade, envolvendo
o tato, a modulação do som, a apropriação da luz natural e das condições de
conforto térmico, acústico. Parâmetros, que devem construir uma condição de
acolhimento, proteção, usufruto de condições de saneamento e ventilação
adequados, tanto no interior, o abrigo, quanto no exterior, a cidade. No
entanto, nossas cidades são a prova material de que essas condições não estão
igualmente distribuídas para nossa população, havendo uma grande maioria de
casas e bairros inadequados, contrapostos a pequenas ilhas de adequação
universalizada. É preciso sublinhar a desagregação cultural dessa condição, a
partir da ausência de narrativas autorreflexivas e problematizadoras do nosso
próprio contexto, da nossa real condição interessada no progresso geral de
nossos compatriotas. Um certo fetiche alienado do conceito de bem viver, uma
supervalorização do valor de troca e um declínio do valor de uso, enquanto
incremento do projeto humano coletivo e comum. A ideia de uma valoração, que
não contribui em nada para o projeto humano, de ampliação de sua civilidade, e
de compreensão de que o esforço é comum e compartilhado.
A
absoluta subordinação do pensamento lukacsiano ao realismo já foi destacada por
vários autores; DUAYER 1977, FREDERICO 1997, JAMESON 1985, que segundo ele
próprio envolve; “a conservação e a transmissão das experiências
imprescindíveis para a vida da espécie não podem consumar-se senão pela
imitação” enquanto “procedimento eficaz de adaptação ao mundo circundante” LUCKÁCS
apud DUAYER 1977, p.49. Como já afirmado, as ideias fora do lugar ou de um
lugar sem ideias próprias, a partir do pensamento de Antônio Gramsci, reforçado
pelo realismo de Luckács. Esse realismo, não se restringia a descrever um
estilo, mas era uma atitude metodológica frente aos interesses éticos e morais
da arte, e superava em muito o mero alinhamento ideológico, a chamada arte
engajada. Aquilo que de certa forma Friedrich Engels (1820-1895)
já explicitara com relação a síntese literária de Honoré de Balzac (1799-1850), sobre seu tempo;
“Se a arte reflete a verdade
objetiva, isto é, se ela reflete ‘as reais forças motrizes do desenvolvimento
social dos homens’, ela pretende possuir valor de verdade objetiva. Sem ser um
documento, nem mesmo uma narrativa histórica, a obra literária realista
evidencia o processo histórico real. Por isso Engels afirma que aprendeu com
Balzac ‘mais do que com os livros de todas os histporiadores profissionais,
economistas e estatísticos somados da época.”[6]
LUCKÁCS 2016, p.15
Considerações finais
Em nossa
sociedade contemporânea estamos condenados a assistir a constante ampliação da
monetização de tudo e de todos pelo sistema capitalista, que não reconhece
limites para sua expansão. Portanto, a reafirmação do direito à vida, em clara
oposição ao direito de propriedade deve ser enfrentado na espacialidade como um
todo, interior e exterior. A arquitetura, o urbanismo sofrem esse mesmo
processo de uma forma mais dramática, pois estão profundamente conectadas à
saúde, deixando claro a fetichização da transformação de tudo em mercadoria.
György Luckács sempre reconheceu no Renascimento Italiano o momento alto da
arquitetura, por sua demonstração material e física concreta manifesta em
determinadas cidades, como Florença ou Vicenza. Por isso, a citação a Leon
Baptista Alberti (1404-1472) é fundamental;
“A concinnitas
envolve a responsabilidade de traçar limites e delinear nossas vidas, nossas
casas, nossas instituições e nossas cidades conforme um projeto pelo qual somos
responsáveis e que se volta para o bem comum. Traçar limites não é apenas
desenhar o lineamentis, “linhas da mente”, sobre o papel
em que o arquiteto trabalha. É também agir com prudência, com economia e com
cuidado para não cairmos na “mania de construir” que se manifesta de várias
formas: em construções espetaculares, mas inúteis, como as pirâmides egípcias e
os palácios persas, em edifícios luxuosos mas incapazes de dialogarem com o
contexto físico, econômico, histórico e social em que se inserem; em cidades
sem estrutura alguma e cujas as partes e segmentos são incapazes de se articularem
para comporem um organismo e uma res publica.” (Alberti, 2012, p. 8).
Referências
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construir: tratado de arquitetura e urbanismo. São Paulo: Hedra, 2012.
AURELLI,
Pier Vittorio The Project of Autonomy: politics and architecture within
and against capitalism. Nova York: Princeton Architecture Press, 2008.
BRANDÃO, Carlos Antônio Leite (org.). Na
gênese das racionalidades modernas: em torno de Leon Battista Alberti.
Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2013.
DEL ROIO, Marcos (org.). Gramsci:
Periferia e Subalternidade. São Paulo: Editora da USP, 2017.
DEL ROIO, Marcos. Gramsci e a
emancipação do subalterno. São Paulo: Editora UNESP, 2018.
DAVIS, Mike. Planeta Favela. São
Paulo: Editora Boitempo, 2006.
DUAUYER, Juarez – Luckács e a
arquitetura – Niterói, EDUFF 2008
FRAMPTON, Kenneth. História crítica da
arquitetura moderna. São Paulo: Martins fontes, 1997.
GRAMSCI, Antônio. História dos
Grupos Sociais Subalternos, Q25. Rio de Janeiro: Editora Civilização
Brasileira, 1999.
LUCKÁCS, György – Estética, a
peculiaridade do estético, volume 1 – São Paulo, Editora Boitempo 2023
LUCKÁCS, György – Marx e
Engels como historiadores da Literatura – São Paulo, Editora Boitempo 2016
KONDER, Leandro. Marxismo e
Alienação:, contribuição para um estudo do conceito marxista de alienação.
Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1965.
KONDER, Leandro.. Os marxistas e
a arte: breve estudo histórico-crítico de algumas tendências da estética
marxista. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2013.
MESZAROS, Istvan. O poder da ideologia.
São Paulo: Boitempo Editorial, 2004.
MONTANER, Josep Maria e MUXI, Zaída. Arquitetura
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2014.
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Ideologia e Hegemonia: em busca de uma conceituação operativa para a cidade
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MOREIRA, Pedro da Luz. A presença da
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SILVA, Tiago H. A Cidade Zumbi: especulação e
corrupção contra o espaço público e a moradia, Porto Alegre, Revista Matinal, 10
de janeiro de 2025
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o
subalterno falar? Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.
TAFURI, Manfredo. Teorias e História da
Arquitectura. Lisboa: Editorial Presença, 1979.
ZEVI, Bruno – Saber ver a
arquitetura – Lisboa, Arcádia 1977
[1]
A conceituação da arquitetura
como espaço vazio, a massa de ar entre as paredes, pisos e tetos da construção
é devida ZEVI, 1977.
[2]
E, no caso do urbanismo que
pode ser definido por pisos, fachadas e a abóboda celeste do local, o céu -
espaço ou vazio externo.
[3] O Conselho profissional
fiscalizador se denomina, Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU)
[4]
Conceituação desenvolvida por
CUTHBERT 2021, que reflete a valorização diferenciada do solo urbano na cidade
capitalista e suas perversidades com relação a concentração de renda.
[5]
SILVA, 2025 menciona dados da
FPJ; “O déficit habitacional no Brasil, que representa a necessidade de novas
unidades, atingiu 5,87 milhões de domicílios, correspondendo a 19,9% da
população. Este déficit é composto principalmente por famílias com ônus
excessivo com aluguel (3,03 milhões), situações de coabitação (1,36 milhões) e
habitações precárias (1,48 milhões)”
[6]
Friedrich Engels sempre
assinalou a classe de Honoré de Balzac, como um representante da pequena nobiliarquia
agrária francesa, no entanto reconhecia que aprendera mais com ele, numa
traição inconsciente de seus interesses imediatos de classe.
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