A Região das Vargens na baixada de Jacarepaguá |
Na mesma matéria, a taxa de crescimento da mancha urbana apontada pelo arquiteto e urbanista Vicente Loureiro, coordenador da Câmara Metropolitana é da ordem de trinta quilômetros quadrados por ano, o que demonstra empiricamente a preferência, tanto do mercado, quanto da população pela conquista de novas áreas, ao contrário dos empreendimentos sobre antigos bairros. Portanto, a luta contra a expansão desenfreada da mancha urbana é difícil e deve ser enfrentada no âmbito da mudança de concepções e mentalidades particulares, do que representa o bem viver. Enquanto, o bem viver, para o senso comum, estiver representado pela unidade habitacional unifamiliar construída nas proximidades da natureza, dependente de uma mobilidade centrada no automóvel particular, continuaremos com a expansão criminosa de nossas cidades. Tal atitude, além de impactar fortemente o meio ambiente, também condena parcelas significativas da população a viver sem urbanidade.
A questão está cobrando do poder público uma política de Estado, que por exemplo incentive a implantação de chácaras e sítios produtivos, baseados na agricultura familiar, que produzam alimentos para a cidade do Rio de Janeiro. Nesse quesito, o Rio de Janeiro sofre de grandes carências, recentes levantamentos nos informam que menos de 30% dos alimentos consumidos nas merendas escolares da cidade metropolitana são provenientes de outros estados. O que nos indica, que há uma atividade econômica rentável capaz de fazer frente a especulação imobiliária predatória, e pouco sintonizada com um desenvolvimento mais amigável ao meio ambiente.
O link da matéria do jornal O Globo pode ser acessado abaixo
https://oglobo.globo.com/rio/projeto-quer-incentivar-ocupacao-de-areas-com-infraestrutura-como-porto-22006629
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