quarta-feira, 26 de abril de 2017

Debate sobre a cidade metropolitana do Rio de Janeiro reune Câmara Metropolitana, IAB-RJ e Escolas de Arquitetura

A mancha urbana da Cidade Metropolitana do RJ, dispersão
e desequilíbrio de oportunidades
Na última segunda feira dia 24 de abril de 2017 na sede do Instituto de Arquitetos do Brasil, departamento do Rio de Janeiro (IAB-RJ) foi promovido um debate com representantes da Câmara Metropolitana da cidade. Estavam presentes na mesa do auditório para o debate, o Diretor Executivo da Câmara, Vicente Loureiro, o arquiteto e Superintendente da Câmara, Luis Firmino Martins Pereira, e o presidente do IAB-RJ Pedro da Luz Moreira. Na plateia vários professores e estudantes, tanto de graduação, como de pós-graduação de diferentes escolas da cidade metropolitana do Rio de Janeiro, da PUC-Rio, da Rural, da UFF, da Estácio de Sá, da UFRJ. Todos engajados em buscar informações sobre essa imensa área de aproximadamente 120km no sentido leste/oeste e 60km no sentido norte/sul, que corresponde a cidade metropolitana do Rio de Janeiro. Um imenso território modificado pelo ser humano, com infra estruturas urbanas muito mal distribuídas, com imensas carências no município sede e nos periféricos, com uma população de 12milhões de habitantes, que precisa de reflexão e proposições no campo do ordenamento espacial.

Esse primeiro encontro celebra o Acordo de Cooperação, que envolve a Câmara Metropolitana, as Unidades de Ensino de Arquitetura e Urbanismo da cidade metropolitana e o IAB-RJ, que durante o primeiro periodo de 2017 buscarão estudos, planos e projetos para os vinte um municípios da Região Metropolitana. Os eixos temáticos das propostas envolvem os fatos urbanos ou naturais que constroem a vivência da cidade metropolitana do Rio de Janeiro, tais como; a Baía de Guanabara e sua bacia hidrográfica, os ramais de transporte público de grande capacidade (Metrô, Trens Urbanos e Barcas), o Arco Metropolitano, as Áreas de preservação Natural, as Centralidades, Subcentralidades e as Periferias. A Cidade Metropolitana envolve, 21 municípios do Estado do Rio de Janeiro, a saber: o Rio de Janeiro, Belfort Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, Seropédica, São Gonçalo, São João de Meriti, Tanguá, Cachoeiras de Macacu e Rio Bonito. Os eixos colocados pelo Plano Diretor Urbano e Integrado, que está em andamento, desenvolvido pelo consórcio Jaime Lerner e Quanta envolve seis eixos; (1) Territorialidade e Centralidade, (2) Saneamento e Resiliência Ambiental, (3) Habitação e Equipamentos Sociais, (4) Mobilidade, (5)Valorização do Patrimônio Ambiental e Cultural, (6) Expansão Econômica. Esses seis eixos foram acrescidos por um sétimo ítem denominado (7) Gestão, pelas dificuldades que já se apresentam para a governança dessa imensa área com 21 Prefeituras.

Os estudos devem tentar construir um contra-projeto para a cidade brasileira, a partir do fato urbano concreto que o Rio de Janeiro representa, refletindo sobre os processos de reprodução das aglomerações urbanas, buscando uma maior compacidade do seu tecido e a universalização dos serviços urbanos. Nesse quesito, um dado se destaca mostrando-nos como a cidade brasileira vem se reproduzindo; a Cidade Metropolitana do Rio de Janeiro expande sua área numa taxa anual de 32 Km2. Um índice, que produz uma imensa dispersão territorial, que a cada ano torna mais difícil a universalização das comodidades urbanas para todos. Os desafios são imensos, e tentam trazer a contribuição da Academia para esse debate, acreditando que a construção de um planejamento urbano mais estruturado é capaz de gerar também maior inclusão social, numa sociedade caracterizada por imensos desníveis sociais.


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