terça-feira, 7 de junho de 2016

Encontro no IAB-RJ debate alternativas para a cidade metropolitana do Rio de Janeiro

Nessa última terça feira dia 31 de maio de 2016, foi realizado na sede do Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento do Rio de Janeiro (IAB-RJ), encontro para debater a formulação do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Integrado da metrópole carioca. O evento está dentro da etapa de Diagnóstico e Visão do Futuro do desenvolvimento do plano, procurando elencar as principais carências e potencialidade da cidade metropolitana do Rio de Janeiro. A perspectiva do Plano Estratégico é pensar a aglomeração urbana de 12,3 milhões de pessoas nos próximos 24 anos. Esse acontecimento urbano, que está no entorno da Baía de Guanabara é hoje o segundo território metropolitano do Brasil, o terceiro da América Latina, o vigésimo do mundo, e está classificado como uma megacidade pela ONU.

Foto de Carlos Magno
Na minha fala procurei enfatizar como a identidade da cidade metropolitana do Rio de Janeiro é dificil de ser captada, pois com uma extensão de 60kms no sentido leste/oeste, e 30kms no norte/sul, e 12,3milhões de habitantes, a imensa mancha urbana é de complexa apreensão. Comprovando tal dificuldade, basta pensarmos, em quem, entre seus moradores consegue ter uma noção da legibilidade de seu território de forma integrada e única.

Composta por uma imensa diversidade de identidades, que misturam 18 municípios; Rio de Janeiro, Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri, Magé, Nilópolis, Niterói, Cachoeira de Macacu, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica, Mesquita e Tanguá, a cidade metropolitana do Rio de Janeiro deve primeiro valorizar essas particularidades. E, procurar elementos que construam essa consciência de que sua população pode compartilhar um futuro comum, tais como; a Baía de Guanabara e sua bacia hidrográfica, os ramais de trens da Central do Brasil e Leopoldina, as florestas municipais, e elementos que perpassam mais de um município.

Esses acontecimentos impactam a vida cotidiana das pessoas da metrópole, e são elementos que devem receber atenção do plano, pois podem significar a costura dessa consciência metropolitana. O IAB-RJ, durante meu mandato nas cerimonias de premiação elegeu a Baía de Guanabara como tema provocador aos arquitetos, que deveriam sugerir propostas e projetos, que revalorizassem sua presença na cidade metroplitana. Esse esforço partia da premissa, que a requalificação da Baía de Guanabara e da sua bacia representaria um ganho expressivo, para a população lindeira, tanto nos seus bairros como; Cajú, Maré, Ramos, Ilha do Governador, como também para municípios como; Caxias, Magé, São Gonçalo, Niterói.

Enfim o desafio, da formulação do Plano Diretor da Metropole do Rio de Janeiro, que temos pela frente é imenso, que demanda a construção dessa consciência de pertencermos a esse território, do qual precisamos tratar e equilibrar.

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