sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Debate "Políticas Habitacionais nas Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro e Buenos Aires" no IAB-RJ

O deputado Javier Gentilli falando sobre a experiência em BAs
Na última terça feira dia 01 de setembro de 2015 foi realizado no Instituto de Arquitetos do Brasil, departamento do Rio de Janeiro (IAB-RJ), um debate com arquitetos e deputados da Argentina, que mostraram as experiências da cidade de Buenos Aires com o enfrentamento das favelas locais. Os membros da comitiva argentina eram; o Deputado Javier Gentilli, a Arquiteta Alicia Gerscovich,  a Deputada Cecilia de la Torre, Deputado Jorge Aragón, e a Assessora da Comisión de Vivienda Romina Righetti. Também falaram de suas experiências profissionais, os arquitetos brasileiros, Luiz Carlos Toledo e Demetre Anastassakis, tanto no enfrentamento do problema da urbanização das favelas, quanto na política habitacional do Brasil.

O debate foi extremamente rico e revelou a expressiva presença da informalidade na cidade de Buenos Aires, que segundo os argentinos atinge 10% da população da cidade metropolitana portenha, o que significa um contingente de 1,6 milhão de pessoas. Nos últimos anos as cidades no mundo vem sofrendo com as políticas neo-liberais, que determinarm o declínio do papel dos governos na gestão e modelagem da cidade que queremos produzir. Tal prática determinou a ampliação expressiva da auto-construção e dos territórios informais nas cidades, gerando uma cidade estratificada e segmentada entre ricos e pobres.

O IAB desde o ano de 1963 durante o governo do presidente João Goulart, no Encontro sobre Reforma Urbana realizado no Hotel Quitandinha em Petrópolis, já defendia a ideia de que a urbanização de favelas, devereia ser um dos ítens da política habitacional do país. Na verdade, percebe-se no país um estágio muito atrasado na produção da habitação social. O programa Minha Casa, Minha Vida repete erros históricos do antigo BNH.

2 comentários:

  1. Penso que uma das, principais "frentes de trabalho", no sentido do aperfeiçoamento dos presentes processos de "auto-construção" das moradias populares nas favelas, seria a da implantação, junto aos "postos de saúde", municipais, de escritórios técnicos de projetos e acompanhamento das obras particulares, em geral, edificadas pelos próprios moradores sem qualquer "apoio e/ou assistência técnica" governamental (inclusive para maior economia dos recursos então particularmente alocados) aos seus próprios moradores. Tal "assistência técnica", local, de baixíssimo custo e elevada repercussão nas qualidades dos espaços privados ou mesmo públicos, construídos em tais locais, certamente, em muito contribuiriam para a democratização da própria profissão. Historicamente "voltada" para os segmentos sociais detentores do mais efetivo poder político e econômico. Também socializando-a, por assim claramente considerar.

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  2. A proposição do amigo Daruiz retoma a ideia dos antigos POUSOS (Postos de Orientação Urbana e Social)....

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