250 mil Gregos morreram de inanição durante a ocupação nazista na Grécia |
A imprensa européia publicou nessa semana, que a Grécia apresentou à Alemanha sua dívida referente a reparações decorrentes da segunda Guerra Mundial, que somam E$162 bilhões (cento sessenta e dois bilhões de euros). A ocupação nazista na Grécia ocorreu entre os anos de 1940 e 44, e resultou na morte de 220 mil gregos civis, na sua maioria por fome. Também ocorreram massacres nas pequenas cidades Kalavrita e Distomo, onde morreram 500 e 218 civis respectivamente.
Terminada a segunda Guerra Mundial, os alemães receberam dos EUA com o Plano Marshall de 1947 até 1952 o correspondente a US$3,3 bilhões (Três bilhões e trezentos mil dólares), com juros subsidiados. Morreram na Segunda Guerra Mundial, contando civis e militares; na Alemanha 7,5 milhões (10,77%), na França 562 mil (1,35%), na Grécia 311 mil (4,31%), na URSS 25,5 milhões (13,71%), na Polônia 5,6 milhões (16,07%).
Em 1960, quinze anos após o fim da guerra, a antiga Alemanha Ocidental começou finalmente a pagar indenizações devidas a 11 Estados : a Grécia recebeu 115 milhões de marcos alemães, a França 400 milhões, a Polónia cem milhões, a União Soviética apenas sete milhões e meio (?), a então Jugoslávia oito milhões. Foram também pagos três bilhões de marcos a Israel e 450 milhões a organizações judaicas.
Não sei como são feitos esses cálculos, mas claramente um valor me parece totalmente absurdo, o da União Soviética, que teve baixas entre civis e militares da ordem de 25 milhões de pessoas. Apenas na cidade de Leningrado, com o cerco que durou de 1941 a 44, morreram 1 milhão de civis. Enfim, o cálculo dessas quantias indenizatórias parecem apontar que um francês morto na Segunda Guerra vale muito mais do que qualquer outro povo na Europa, pelo menos nos tempos do marco alemão. O que retira da matemática toda sua objetividade e racionalidade.
Agora, imaginem que a Grécia resolva cobrar por fatos ou construções que são imensuráveis, como o legado da formulação da democracia ateniense na antiguidade clássica, ou a filosofia da escola de Atenas. Na verdade, sem essas formulações, o que seria da Europa?
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