O sítio arqueológico do Cais do Valongo na Rua Camerindo |
Me assusta particularmente o grau de deterioração do patrimônio construído do centro da cidade do Rio de Janeiro, onde volta e meia temos notícias da perda de sobrados e imóveis de valor histórico, basicamente no setor privado. Me parece que a cidade do Rio de Janeiro não dispõe de musculatura econômica para manter o nível de investimentos que as pré-existências da área demandam, principalmente quando o setor imobiliário privado permanece com sua inércia instalada, investindo prioritariamente na Barra da Tijuca. Quando foi apontado que os equipamentos olímpicos que a cidade precisava construir cabiam todos na Zona Portuária, o que se pretendia era dar uma mensagem clara para o mercado imobiliário de que o desenvolvimento da cidade tinha dado uma guinada, que passava a privilegiar o centro. Tal orientação não foi seguida, tendo o poder municipal mantido o projeto olímpico disperso em três clusters; Barra da Tijuca, Deodoro e Centro, mantendo-se na Barra os empreendimentos imobiliários como a vila dos atletas e de árbitros. Portanto, mais uma vez a cidade parece perder uma oportunidade única, dispersando seus investimentos, sem mudar sua tendência de dispersão espacial.
Abaixo o link da matéria
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-03/porto-do-rio-450-anos-de-transformacoes
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