quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Como estarão as cidades brasileiras em 2020

A presidente da Arcasia Pei Ing Tan, o presidente do IAB-RJ
Pedro da Luz, o presidente da UIA Esa Mohamed, o presidente
do IAB Sérgio Magalhães, a vice presidente do IAB-RJ Fabiana
Izaga e o Secretário da FPAA Nivaldo Andrade
Em 10 de agosto de 2014 a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida como sede do Congresso Mundial da União Internacional de Arquitetos no ano de 2020, concorrendo com Paris na França e Meulborne na Austrália. O tema do evento proposto pelo Rio de Janeiro foi "Todos os Mundos. Um só Mundo. Arquitetura 21", enquanto Paris propunha "Arquitetura responsável" e Meulborne sugeria "Lugar". A conquista foi um importante passo para arquitetos e urbanistas brasileiros, para discussão da sua inserção no contexto da sociedade brasileira, e para os debates sobre a construção do espaço humano no planeta.

No contexto brasileiro, há pelo senso comum uma série de leituras positivas do significado da palavra arquitetura; a cidade de Brasília, obra dos arquitetos Lucio Costa e Oscar Niemyer, ou o aterro do Flamengo, obra do arquiteto Afonso Eduardo Reidy e do paisagista Roberto Burle Marx, ou o Parque do Ibirapuera em São Paulo ou o bairro da Pampulha em Belo Horizonte, ambos obras do arquiteto Oscar Niemyer com o paisagista Burle Marx. Todas essas obras se destacam por sua adequação a contextos específicos, que emocionam qualquer visitante e mostram um caráter particular da arquitetura brasileira, que simboliza e carrega uma certa mensagem positiva. Mas há também alguns aspectos negativos, ou uma compreensão ligeira do que seja o conceito de arquitetura, uma vez que é um ofício muito interligado a questão do plano e do projeto. No contexto brasileiro, há pelo senso comum um certo descrédito com as ações do plano e do projeto, uma celebração do improviso que é desmedida.

A vitória obtida pelo Rio de Janeiro para sediar o Congresso Internacional da UIA no ano de 2020 deve ter como sentido maior debater essa situação e revertê-la. Não se trata de uma defesa corporativa, que interessa apenas a categoria dos arquitetos e urbanistas, mas uma luta de toda sociedade, que deve defender o plano e projeto, como instrumentos de ampliação da transparência das obras públicas.

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