Ceça Guimarães, João Calafate, Marcio Roberto, Pedro da Luz e João Amorim na sede do IAB-RJ antes do debate |
A mesa de debates foi aberta pelo arquiteto Marcio Roberto, que apresentou uma série de depoimentos afetivos e familiares do escritório dos Irmãos Roberto, dentre os quais se destaca a compreensão do processo de projeto como um constante debate entre as três personalidades. O projeto do escritório para a cidade de Brasilia também foi destacado como portador de um debate entre escala e pertencimento, tendo sido inclusive revisitado mais contemporaneamente como referência.
Depois veio o depoimento do arquiteto João Calafate, que declarou sua filiação incondicional aos objetos realizados pelo escritório, que inclusive determinaram sua escolha profissional. João declarou que nasceu e cresceu no edifício da rua Voluntários da Pátria, 127 em Botafogo projetado pelo escritório dos MMM Roberto. João Calafate acabou construindo uma autobiografia sentimental a partir da vivência que experimentou nos edifícios projetados pelo escritório.
A palestra do arquiteto Luiz Felipe Machado, que escreveu uma tese sobre a produção do escritório, versou sobre a obra dos arquitetos apresentando um vasto material iconográfico. Luiz Felipe destacou o esquecimento e o descaso a que foi condenada a obra dos três arquitetos.
Por último, o arquiteto Luis Amorim pontuou muito bem a estruturação de alguns escritórios do movimento moderno brasileiro em torno de laços familiares e lançou uma importante pergunta para a reflexão contemporânea. Porque a produção contemporânea de edificações multifamiliares não compartilha a mesma qualidade dos edifícios projetados pelos irmãos Roberto?
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