CHAPA - Planos e projetos para democratizar a cidade
O século XXI é um tempo de grandes perplexidades. Frente à quantidade
inusitada de informações, emerge uma tendência de diluição das prioridades e
das ações. O planeta começa a apresentar sintomas de que seus recursos são
finitos. A arquitetura e o urbanismo enveredam no referenciamento vazio,
distanciado e descontextualizado, que superestima as imagens e despreza as
estruturas produtoras.
Por outro lado, a metrópole contemporânea adquire a condição de lugar de
vida e de trabalho para grande parte da humanidade, abrindo um horizonte inédito
para positivas interações e interdependências. E, acima de tudo, esperanças.
Nesse contexto, a ampliação do debate sobre as novas hipóteses de planejamento
e projeto para as cidades brasileiras é fundamental. Apenas assim interações e
interdependências poderão gerar esperanças transformadoras. Arquitetos e
urbanistas precisam se comprometer com o cotidiano de nossas cidades,
melhorando efetivamente os padrões de habitabilidade.
As cidades brasileiras precisam transformar o modo como vêm sendo
construídas. Para tanto, sugerimos priorizar quatro proposições objetivas:
• a Cidade deve
ser compacta e densa, evitando-se a dispersão interminável e enfatizando-se o papel aglutinador do
antigo centro histórico;
•
a Cidade deve ser lugar da convivência da diversidade
de classes e de usos, evitando-se os guetos de ricos e pobres e monofuncionalidade;
•
a Cidade deve ter mobilidade efetiva para todos, evitando-se
a exclusão determinada pela ineficiência ou tarifação alta dos sistemas de transporte
coletivo;
•
a Cidade deve ampliar o reconhecimento da ecologia e
dos biomas locais, construindo-se melhor relação com a natureza.
Há mais de noventa anos, desde a fundação do Instituto dos Arquitetos do
Brasil, a luta pela contratação de projetos por meio de concursos públicos era
a forma de se obter transparência para os custos e benefícios das obras. Esse
patrimônio de lutas e de ações, algumas exitosas, construiu um sentido para o
IAB, que permanece pautando seus objetivos nas complexas relações existentes
entre plano e projeto de um lado e a realidade do outro.
O IAB, em seus objetivos, busca ser a casa dos arquitetos, onde o debate
do espaço construído pelo homem possa auxiliar no aperfeiçoamento da
experiência democrática.. Nesse sentido, nossa meta comum é a requalificação da
nossa sede, abrindo-a para os interesses mais amplos de outros grupos e para
uma construção compartilhada.
Diante da constituição do conselho uniprofissional, velha bandeira configurada
e incorporada ao IAB, devemos acompanhar a estruturação das novas instituições,
enfatizando a dimensão cultural da arquitetura. Um IAB renovado em representatividade
atrairá as novas gerações, buscando uma inserção social no cotidiano das
cidades brasileiras.
O século XXI é um tempo de consolidação da democracia, que coloca o
desafio da autonomia para amplas camadas de cidadãos. As condições de
sustentabilidade ambiental requeridas devem partir da premissa da convivência
mútua entre natureza e cidade. Essa convivência tem papel importante para o
cidadão, tornando-o consciente da complexidade do planeta.
O compromisso dos arquitetos e urbanistas com as cidades brasileiras não
pode ser vazio, baseado numa onda momentânea, simplesmente retórica. Devemos
acreditar que as mudanças são possíveis!
Planos e projetos para
democratizar a cidade
O IAB-RJ deseja incorporar os esforços de todos os arquitetos, em
múltiplas aptidões e inserções profissionais, na defesa de um novo modo de construir
as cidades brasileiras. Assim, temos os seguintes objetivos:
1. IAB-RJ
independente e participativo
2.
Promoção e ampliação do debate sobre as cidades brasileiras
3. Aumentar o número de concursos públicos de
projetos
4.
Construção da sustentabilidade do IAB-RJ
5. Aproximação com as novas gerações,
atraindo sócios novos
6.
Ampliação da comunicação com os arquitetos
7. Intensificação
do uso da sede como ponto de encontro dos arquitetos
8.
Reforma da sede para reabrigar a biblioteca da entidade
9.
Conexão da biblioteca com um sistema de bibliotecas de arquitetura
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Novos cursos
CONSELHO
ADMINISTRATIVO - CA:
Pedro da Luz Moreira (Presidente)
Vice
Presidentes:
Marcio Tomassini
(Financeiro)
Marat Troina
(Administrativo)
Fabiana Izaga (Institucional)
Ceça Guimaraens (Cultural)
CONSELHO
SUPERIOR – COSU:
Conselheiros Vitalícios do COSU Demetre Anastassakis Sérgio Magalhães
Titulares:
Adir Ben Kauss
Flávio Ferreira
Jerônimo de Moraes Neto
Luiz Fernando Janot
Norma Taulois
Vicente Loureiro
CONSELHO
DELIBERATIVO – CD:
Titulares:
Alder Catunda Timbó
Alice Varella
Bruno Michel
Celso Girafa
Cesar Jordão
Cláudio Crispim
Cristiane Duarte
Eduardo Cotrim
Luiz Carlos Flórido
Maria Isabel Tostes
CONSELHO FISCAL – CF:
Titulares:
José Miguez
Luciano Medeiros
Martha Allemand
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Suplentes:
Cêça Guimaraens
Fabiana Izaga
Gerônimo Leitão
Lucas Franco
Marat Troina
Pablo Benetti
Suplentes:
Carlos Alberto Perez Krykhtine
Cristiane Ramos
Magalhães
Gabriel Soares
Maria do Carmo Maciel
Di Primio
Verena Andreatta
Suplentes:
André Luiz Pinto
Luiz Claudio Franco
Ricardo Villar
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