A arquiteta Angélica Alvim, Pedro da Luz, Jupira Gomes de Mendonça e o engenheiro Luiz Octavio Portela |
A arquiteta Angélica Alvim iniciou sua apresentação destacando a capacidade dos sistemas de transportes públicos de induzir a ocupação do território. Para a arquiteta a hegemonia do modelo rodoviarista da cidade brasileira induziu um modelo de ocupação do território disperso e esgarçado. A arquiteta fez também uma importante reflexão sobre as diversas escalas do desenho, a partir da ideia dos desenhos do mapa e da via. Angélica também destacou que a referência para aferir qualidade nos sistemas de transportes nas nossas cidades deve ser regulado pela compreensão do usuário, que envolve o tempo e o preço.
A arquiteta Jupira Gomes de Mendonça destacou a elaboração do Plano Metropolitano de BH elaborado a partir da coordenação do professor Montemor da EAU-UFMG, como um procedimento integrado, interdisciplinar e participativo, que formulou a ideia de uma cidade policentrada e ao mesmo tempo compacta. A arquiteta também destacou a dimensão territorial do plano, que se estrutura a partir de quatro objetivos a serem alcançados; acessibilidade, seguridade, urbanidade e sustentabilidade. A professora da EAU-UFMG também apresentou uma importante reflexão sobre a segmentação instalada no Ministério das Cidades, que subdivide em setores como; habitação, saneamento, infraestrutura, mobilidade etc..., fragmentando o urbano em lógicas e ações, que deveriam estar reunidas.
O engenheiro Luiz Octávio da SENPRO apresentou a ideia de que o chão da cidade está cheio e saturado, propondo a instalação de um sistema de monotrilho elevado. A proposta foi qualificada pelo engenheiro como viável pelos seus custos, pela velocidade de sua implantação e por sua capacidade de adaptação a diferentes contextos.
Arquiteto Pedro da Luz e o engenheiro Manuel Herce |
A partir destas colocações o público presente ao evento questionou os palestrantes em uma série de aspectos. Dentre os quais, destaco a questão colocada pelo arquiteto Demetre Anastassakis, que sublinhou algumas especificidades do desenvolvimento brasileiro, que produziu a emergência de uma nova classe média que alcança o consumo de alguns bens, como o carro particular, e não pode ser desconsiderada de forma excludente e elitista.
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