Diário de Pedro da Luz Moreira, interessado em discutir a arquitetura, a cidade e o projeto
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Audiência pública avalia impactos do novo píer em Y na Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Participei hoje pela manhã de uma audiência pública sobre o projeto do novo pier para navios transatlânticos nas proximidades da Praça XV no Rio de Janeiro. Arquitetos, vereadores, representantes da Companhia Docas, da Prefeitura do Rio, da Cedurp, alunos da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFF, e representantes da sociedade participaram nesta quarta-feira, 29 de maio, de audiência pública, no Plenário da Câmara Municipal da cidade, para discutir detalhes sobre o projeto do píer em “Y”, na Zona Portuária da capital carioca. A audiência foi uma iniciativa da Comissão Especial instituída para apurar os detalhes do projeto de construção do píer, em parceria com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ).
De acordo com a Comissão Especial, a discussão sobre o projeto do novo píer tem como finalidade garantir a transparência das ações de intervenção na paisagem da cidade e avaliar o impacto visual e urbanístico que esse novo equipamento poderá causar, levando em consideração o que é melhor para a cidade.
O presidente da Cia. Docas do Rio de Janeiro, Jorge Melo, defendeu o píer em Y e falou que as obras já estão em andamento. Segundo Melo, há um contrato com o Comitê Olímpico Brasileiro e que a Docas precisa aumentar a capacidade do porto para receber navios que vão gerar 20 mil vagas para hóspedes durante as Olimpíadas, em 20116.
“De 2007 a 2012, o número de turistas que desembarcaram pelo Porto do Rio aumentou de 300 mil para 600 mil pessoas. A estimativa é que 1 milhão de pessoas desembarcarão em 2016”, afirmou Jorge Melo.
Na minha opinião, a Cia. Docas está tratando o píer como uma infraestrutura de carga e descarga ao levar em consideração apenas um projeto de engenharia, pouco sofisticado e simplificado que se esquece das questões arquitetônicas e urbanísticas. Claramente questões relativas a dragagem do porto, das fundações do pier são tratadas de forma ligeira e imediata, relegando a segundo plano os aspectos do conforto dos turistas e do acesso público a frente marítma. O projeto do píer em Y não pensa nos impactos que poderão causar ao seu entorno e nem no conforto dos seus usuários. Penso que os procedimentos de alfândega e controle dos turistas podem conviver com o acesso público à frente marítima. Vejam matéria da Globo sobre o assunto...
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/05/audiencia-publica-discute-formato-de-novo-pier-na-praca-maua-no-rio.html
Um outro link de entrevistas, que não menciona a questão a meu ver central de preservar a frente marítima com acesso público...
http://globotv.globo.com/rede-globo/rjtv-2a-edicao/t/edicoes/v/audiencia-publica-discute-formato-de-novo-pier-na-praca-maua/2603671/
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