quinta-feira, 4 de abril de 2013


A abóboda celeste do Rio de Janeiro precisa ser olhada com mais profundidade. A cúpula que nos cobre está constantemente sendo neglicenciada. A arquitetura desta cidade precisa reconhecer as especificidades próprias que a compõe, olhando além da sua escala. Talvez seja importante ler ARGAN, Giulio Carlo, na sua descrição da abóboda celeste de Florença e sua relação com a cúpula desenhada por Bruneleschi:
"Vasari foi o primeiro a observar que a cúpula de Santa Maria del Fiore não deveria ser relacionada apenas ao espaço da catedral e respectivos volumes, mas ao espaço de toda cidade, ou seja, a um horizonte circular, precisamente ao perfil das colinas ao redor de Florença: 'Vendo-se ela elevar-se em tamanha altura, que os montes ao redor de Florença parecem semelhantes a ela.' Portanto, também está relacionada ao céu que domina aquele horizonte de colinas e contra o qual 'parece que realmente combata - e na verdade, parece que o céu dela tenha inveja, pois sem cessar os raios todos os dias a procuram'."

Abs Pedro

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