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Rio Cheonggyecheon na cidade de Seul, que até 2004 era coberto por um viaduto com seis pistas de rolamento |
As falas dos palestrantes se sucederam enfatizando temas como; a mobilização social em torno do plano e do projeto, o trabalho de educação continuada da juventude no bairro do Rio Comprido, as potencialidades da infra estrutura verde na regeneração ambiental de nossas cidades, a era do antropoceno, a dinâmica das bacias e sub-bacias fluviais na cidade, as novas premissas do projeto verde, resiliência nas cidades, cidade biofílica, etc... Nas quais, cada palestrante conseguiu transmitir para o auditório no IAB-RJ o nivelamento das informações e potencialidades do processo de mobilização geral do bairro em torno da bacia do Rio Comprido. Destaca-se aqui a menção da professora Cecília Herzog sobre a requalificação urbana levada a cabo na cidade de Seul na Coréia do Sul, que envolveu a supressão de várias faixas de rolamento rodoviário para promover o reaparecimento do Rio Cheonggyecheon (ver foto), no coração da cidade oriental. O presidente do IAB-RJ também assinalou, que a cidade de Seul na Coréia do Sul sediou no começo do mês de setembro de 2017, o Congresso da União Internacional de Arquitetos UIA Seul 2017, e que o próximo encontro será na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 2020, enfatizando a necessidade da mobilização em torno do Rio Comprido ser documentada e ganhar maior expressão até lá.
Os questionamentos e colocações da audiência qualificada presente no IAB-RJ envolveram questões variadas, que giravam em torno da relação entre meio urbano artificial e meio ambiente natural, e a necessidade contemporânea de se buscar um convívio mais harmônico. O modelo rodoviarista ainda operante em nossas cidades foi claramente descartado. Muito além de qualquer pré-figuração da transformação pretendida para o bairro do Rio Comprido, o evento no IAB-RJ demonstrou de forma clara que é possível debater princípios e parâmetros norteadores de qualquer tipo de mudança, subsidiando planos e projetos, para ao final, engajar e cooptar a população interessada. Uma clara sinalização de que a gestão dos planos e projetos para a cidade do século XXI começam a mudar.