Na última sexta-feira, dia 12 de dezembro de 2014, o IAB-RJ realizou a sua a 52ª Premiação Anual. O evento teve uma expressiva marca de 82 trabalhos inscritos entre estudantes e profissionais, numa demonstração de força e jovialidade de uma instituição que jamais se pautou pelo pensamento único, por alinhamentos confortáveis, e sim pela promoção constante do diálogo, do contraditório e do debate tão característicos da democracia e das cidades.
Nesta edição, foi proposta uma premiação especial sobre a Baía de Guanabara, importante acontecimento geográfico que justificou a antiga cidade colonial do Rio de Janeiro. Pensar uma articulação e aproximação positiva e propositiva dos seres urbanos com contínuos ambientais como a Baía de Guanabara é o grande desafio de nossa contemporaneidade.
A proposta do IAB-RJ, ao incitar arquitetos a pensar a Baía, é mobilizar o pensamento sobre o desenho do território para reequilibrá-lo em suas oportunidades. Consideramos, portanto, que a despoluição desse patrimônio ambiental é uma forma de ampliar os confortos e benfeitorias que essa ação traz para o antigo centro da cidade, para a sua Zona Norte e para municípios como São Gonçalo, Duque de Caxias, Magé, entre outros.
Olhemos para as nossas bordas. Numa cidade tão ligada ao mar, queremos voltar a celebrar todas as suas águas e mananciais.
Mas nem tudo foi festa na Premiação Anual do IAB-RJ. Houve protestos de uma minoria autoritária e barulhenta, contra a escolha feita pelo IAB-RJ para os títulos de personalidades homenageadas no ano – o secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, e o Museu da Maré.
Tais indicações, corajosas e longe dos alinhamentos confortáveis, foram aprovadas pelo Conselho Deliberativo da entidade.
Elas têm o propósito de alertar a sociedade para a importância da política das Unidades de Policia Pacificadora (UPPs) nas favelas cariocas. O IAB-RJ acredita que a reconquista dos territórios para a normalidade constitucional e a garantia de livre acesso às favelas são valores absolutamente essenciais para a discussão da cidade.
As homenagens indicam, ainda, a urgência da aproximação entre favelas, representadas pelo pioneiro e inspirador trabalho realizado pelo Museu da Maré, e o poder público, na figura do idealizador das UPPs, Beltrame. O IAB-RJ aposta firmemente no aprimoramento deste diálogo como único caminho para a obtenção de resultados na cidade.
E, não menos importante, as escolhas de Beltrame e do Museu da Maré são estratégicas no sentido de fortalecer a posição do IAB-RJ como agente ativo nas discussões futuras sobre o território das favelas no Rio de Janeiro.
Com essas homenagens o IAB-RJ – das UPPs, do Museu da Maré e também com o arquiteto do ano Edison Musa – pretende, por fim, enfatizar o significado do planejar e projetar. Afinal, planos e projetos articulados e interligados não devem desempenhar um papel descritivo de ações a serem implementadas de forma autoritária. E sim, em suas fases iniciais, medir sua adequação ao contexto em que se implantam. São, portanto, instrumentos fundamentais na ampliação da transparência de nossa democracia.
Nesta edição, foi proposta uma premiação especial sobre a Baía de Guanabara, importante acontecimento geográfico que justificou a antiga cidade colonial do Rio de Janeiro. Pensar uma articulação e aproximação positiva e propositiva dos seres urbanos com contínuos ambientais como a Baía de Guanabara é o grande desafio de nossa contemporaneidade.
A proposta do IAB-RJ, ao incitar arquitetos a pensar a Baía, é mobilizar o pensamento sobre o desenho do território para reequilibrá-lo em suas oportunidades. Consideramos, portanto, que a despoluição desse patrimônio ambiental é uma forma de ampliar os confortos e benfeitorias que essa ação traz para o antigo centro da cidade, para a sua Zona Norte e para municípios como São Gonçalo, Duque de Caxias, Magé, entre outros.
Olhemos para as nossas bordas. Numa cidade tão ligada ao mar, queremos voltar a celebrar todas as suas águas e mananciais.
Mas nem tudo foi festa na Premiação Anual do IAB-RJ. Houve protestos de uma minoria autoritária e barulhenta, contra a escolha feita pelo IAB-RJ para os títulos de personalidades homenageadas no ano – o secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, e o Museu da Maré.
Tais indicações, corajosas e longe dos alinhamentos confortáveis, foram aprovadas pelo Conselho Deliberativo da entidade.
Elas têm o propósito de alertar a sociedade para a importância da política das Unidades de Policia Pacificadora (UPPs) nas favelas cariocas. O IAB-RJ acredita que a reconquista dos territórios para a normalidade constitucional e a garantia de livre acesso às favelas são valores absolutamente essenciais para a discussão da cidade.
As homenagens indicam, ainda, a urgência da aproximação entre favelas, representadas pelo pioneiro e inspirador trabalho realizado pelo Museu da Maré, e o poder público, na figura do idealizador das UPPs, Beltrame. O IAB-RJ aposta firmemente no aprimoramento deste diálogo como único caminho para a obtenção de resultados na cidade.
E, não menos importante, as escolhas de Beltrame e do Museu da Maré são estratégicas no sentido de fortalecer a posição do IAB-RJ como agente ativo nas discussões futuras sobre o território das favelas no Rio de Janeiro.
Com essas homenagens o IAB-RJ – das UPPs, do Museu da Maré e também com o arquiteto do ano Edison Musa – pretende, por fim, enfatizar o significado do planejar e projetar. Afinal, planos e projetos articulados e interligados não devem desempenhar um papel descritivo de ações a serem implementadas de forma autoritária. E sim, em suas fases iniciais, medir sua adequação ao contexto em que se implantam. São, portanto, instrumentos fundamentais na ampliação da transparência de nossa democracia.