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Uma parte da matéria da Revista do SECOVI-RIO |
A apropriação da renda urbana, a partir dessa mudança nos hábitos da nossa população determinou a valorização fundiária dos terrenos na cidade de maneira inusitada. A densidade na cidade (habitantes/hectare) teve um crescimento contínuo até o inicio da era do automóvel e do pneu na cidade.
O desenvolvimento da cidade do Rio de Janeiro até o começo da década de sessenta do século XX foi extremamente dependente dos ramais de trilhos, seja dos trens, seja dos bondes. Essas linhas e suas paradas acabaram configurando uma rede de centralidades e sub-centralidades, que possuiam um claro e legível gradiente de densidades a partir da proximidade ou do afastamento das paradas e ou estações. De uma maneira geral a densidade era maior, assim como a presença do comércio no entorno das paradas e estações. A cidade dos trilhos é uma cidade mais coesa e densa do que a que emerge a partir da hegemonia do automóvel e do pneu.
Para exemplificar tal situação, basta mencionar o bairro da Barra da Tijuca, que é o primeiro bairro da cidade a ter seu desenvolvimento determinado pelo automóvel e pelo ônibus, independente dos trilhos. Percebe-se claramente nessa distinção de espacialidades, a diferenciação na gênese dos bairros cariocas.
O link da revista está mostrado abaixo:
http://secovi-rj.cviewer.com.br/srj/cviewer/edicao.asp?ed=92