Montei minha argumentação a partir da constatação de que existe uma inércia do construir cidades no Brasil, que precisa ser modificada e transformada, pois estamos gerando uma urbanidade incompleta e insegura. A configuração de um território urbano onde existe, de um lado, pequenos trechos infraestruturados com comodidades sofisticadas, e de outro, imensas extensões com precariedades primárias, como falta de abastecimento básico, ausência de calçamento, iluminação, coleta de lixo, dentre outras, determinava uma compreensão geral de injustiça e de desequilíbrio de acesso à oportunidades na sociedade brasileira.
A cidade é a materialização mais concreta e fiel da sociedade. Nela estão reproduzidas as práticas cotidianas de exclusão e elitismo dos extratos sociais brasileiros de maneira geral. A definição de um programa de prioridades, que mudasse a inércia do construir da cidade brasileira deveria enfrentar quatro pontos bem objetivos. Nossas cidades precisam passar a ser:
- Densas e compactas, passando a possibilitar a universalização geral dos serviços urbanos em todo seu território, com reforço da mais antiga centralidade.
- Cidade que fomente a convivência de diversos extratos sociais e usos, que combata a tendência de gerar guetos separados, de ricos e pobres, e aproxime atividades como habitação, trabalho e lazer.
- Cidade de mobilidade ampliada, que combata a exclusão determinada a partir da ausência ou tarifação cara do transporte público, possibilitando acesso a oportunidades variadas ao conjunto de sua população.
- Cidade que amplie a visibilidade e a aproximação dos seus conjuntos naturais, aproximando seus cidadãos de biomas particulares.
E
Enfim, quatro pontos fundamentais para ampliar a democracia brasileira. Abaixo a íntegra do debatehttps://www.youtube.com/watch?v=qx80upYVxTE